Em 2019, os trabalhadores do setor público reformaram-se, em média, aos 64,3 anos, segundo dados da Caixa Geral de Aposentações (CGA) recentemente atualizados pela Pordata.
De acordo com o Diário de Notícias (DN), nunca os funcionários públicos acederam tão tarde à reforma. A série longa da CGA revelou que, no ano passado, a idade média de reforma subiu 1,7 anos, o segundo maior salto registado e que apenas se assemelha a 2016, quando também aumentou 1,7 anos, passando para os 62,8 anos.
“Havia muita gente à espera dos descongelamentos”, disse o secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão. “Também por causa das penalizações”, apontou, sublinhando que “havia muita gente a fazer contas” para evitar os cortes por antecipação da entrada na reforma.
Como lembrou o DN, o descongelamento das carreiras começou, de forma faseada, em 2018, terminando no ano passado com o acréscimo remuneratório a ser concluído em dezembro, atingindo os 100%. Este ano, os funcionários públicos com carreiras muito longas podem aceder à reforma sem penalizações.
Os dados da Pordata mostraram ainda que, pela primeira vez, há mais de sete mil pensionistas e reformados com pensão acima dos quatro mil euros mensais brutos – um aumento de 6,5% face a 2018, mas representam apenas 1,5% do total dos pensionistas.
O número de anos que os trabalhadores do Estado ficam a receber a pensão tem aumentado ao longo do tempo, acompanhando a maior esperança de vida. Em 2019 passou dos 20,3 anos para 20,7 anos.