Quando uma pessoa chega aos 80, 90 ou mesmo 100 anos considera-se que teve uma vida longa. Mas, de acordo com os cientistas, os humanos podem viver mais do que isso.
Em alguns países, chegar aos 60 anos é suficiente para que os indivíduos comecem a pensar na reforma. Por outro lado, há quem chegue aos 80 e 90 ainda com vontade de manter alguma atividade. Um estudo com milhares de pessoas revelou que a vida pode continuar muito para além dos 100 anos.
Conduzido por estatísticos das universidades de Tilburg e Roterdão, o estudo analisou a idade em que 75 mil pessoas dos Países Baixos morreram entre os anos 30 e 2017, relatou o Unilad.
Em vez de se concentrarem na esperança média de vida, os investigadores queriam determinar quanto tempo um único indivíduo poderia viver enquanto cuidasse de si próprio e se a sua vida não fosse encurtada por uma doença ou outra circunstância.
As pessoas são capazes de viver mais do que isso, com as mulheres a terem uma ligeira vantagem sobre os homens no que diz respeito à esperança média de vida.
Os cientistas sugeriram que é improvável que um humano viva para além dos 115 anos, com a esperança de vida máxima para as mulheres a atingir os 115,7 anos e os homens os 114,1 anos.
De acordo com John Einmahl, um dos três cientistas que conduzem o estudo, as pessoas vivem em média mais tempo, mas a esperança média de vida não aumentou nos últimos 30 anos.
“Existe certamente uma espécie de muro. É claro que a esperança média de vida aumentou. No entanto, o teto máximo em si não mudou”, disse à agência AFP.
Apesar dos resultados do estudo, Einmahl admitiu que há casos de pessoas que fogem à norma e que vivem mais tempo.
Em janeiro, o mundo perdeu a sua pessoa mais velha quando a Irmã André faleceu, com 118 anos. Após a sua morte, o Guinness nomeou Maria Branyas Morera, nascida nos Estados Unidos, como a pessoa mais velha do mundo, aos 115 anos de idade.
Morera vive atualmente num lar de idosos na Catalunha, em Espanha, mas nasceu em São Francisco a 04 de Março de 1907.
