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Human Rights Watch acusa Rússia de usar bombas de fragmentação na Síria

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A organização não governamental Human Rights Watch (HRW) acusou hoje a Rússia de usar bombas de fragmentação na Síria, lançando-as de aviões e disponibilizando-as ao regime de Damasco, noticia hoje a agência AFP.

“É muito perturbador ver que mais um novo tipo de bombas de fragmentação está a ser usada na Síria, dado o mal que fazem aos civis para os próximos anos”, disse o diretor da HRW para o Médio Oriente, Nadim Houry.

O grupo, baseado em Nova Iorque, disse que as fotografias que obteve mostram que este tipo de munições, mais mortíferas que as normais, foram lançadas sobre Kafr Halab, uma pequena cidade a sul de Alepo, a segunda maior cidade da Síria, a 04 de outubro.

“Nem a Rússia nem a Síria deviam usar bombas de fragmentação, e ambos os países deviam juntar-se à proibição internacional sem mais demoras”, acrescentou o responsável.

As bombas de fragmentação contêm dezenas ou centenas de pequenas bombas no interior e são ativadas com lança-granadas ou podem ser disparadas do ar.

Apesar de serem proibidas pela comunidade internacional, as bombas espalham os explosivos internos, que continuam a explodir mesmo depois da bomba original já ter sido detonada.

O uso em Kafr Halab coincide com o surgimento de provas de que este tipo de munições foram usadas nas províncias de Alepo, Hama e Idlib desde que a Rússia começou a intervir na Síria.

A HRW não pode “concluir de forma conclusiva se as forças da Rússia ou da Síria foram responsáveis pelo ataque de 4 de outubro”, mas nota que nenhum dos países assinou a convenção que proíbe a utilização destas armas.

O conflito na Síria, que começou como um levantamento popular contra o regime de Bashar al- Assad em 2011, evoluiu para uma guerra civil que atraiu milhares de jihadistas do estrangeiro.

Nos últimos quatro anos, estima-se que o conflito tenha matado 250 mil pessoas e obrigou milhões de pessoas a fugir do país.

/Lusa

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