Hospital de Braga fecha Urgência de Obstetrícia no domingo. Há falta de médicos em vários hospitais

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(dr) Hospital de Braga

Edifício do Hospital de Braga

Hospital de Braga

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou hoje que o Hospital de Braga vai fechar a Urgência de Obstetrícia no domingo por falta de médicos para assegurar a escala.

“Em vez dos necessários cinco médicos ginecologistas/obstetras, o Hospital de Braga tem apenas dois médicos na escala para o dia 12 de junho, quer de dia quer à noite”, refere o SIM em comunicado.

O sindicato adianta que na semana seguinte o cenário irá repetir-se, referindo que haverá “vários dias com a escala abaixo do número mínimo de médicos ginecologistas/obstetras necessários para um hospital de apoio perinatal diferenciado com mais de 2.500 partos anuais”.

No dia 18 de junho, salienta, “haverá novamente apenas dois médicos ginecologistas/obstetras escalados à noite, situação que inevitavelmente levará a novo encerramento da Urgência de Obstetrícia”.

Para o SIM, este é o “lamentável resultado da incapacidade do Governo em captar e fixar médicos no SNS [Serviço Nacional de Saúde], oferecendo-lhes condições de trabalho e remuneratórias adequadas ao seu nível de responsabilidade”.

Os problemas de falta de médicos para assegurar as escalas de urgência estendem-se a outros hospitais do país, nomeadamente da região de Lisboa e Vale do Tejo.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) avisou na sexta-feira que os constrangimentos no funcionamento dos serviços de obstetrícia e ginecologia vão manter-se até segunda-feira em vários hospitais na região de Lisboa.

“Apesar de todos os esforços desenvolvidos, não foi possível ultrapassar os constrangimentos no funcionamento de alguns serviços de Obstetrícia/Ginecologia da Região” no período dos feriados (até segunda-feira), disse a ARSLVT em comunicado.

A resposta aos utentes, sublinha, “será garantida pela rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS) da região, com desvios na resposta ao serviço de urgência externa”.

Segundo a ARS de Lisboa e Vale do Tejo irão verificar-se constrangimentos no atendimento das emergências/urgências de Ginecologia ou Obstetrícia do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) desde as 0800 de hoje até às 08:00 de segunda-feira, sendo os atendimentos assegurados pelos restantes hospitais da região”.

A administração da Saúde em Lisboa salienta ainda que “caso haja necessidade de encaminhar utentes, as equipas hospitalares articulam com o CODU/INEM, no sentido de identificar a unidade que naquele momento tem melhor capacidade de resposta” e lembram que esta prática de “funcionamento em rede dos hospitais acontece ao longo de todo o ano, mas assume especial pertinência em períodos de maior procura dos serviços ou em períodos de férias dos profissionais de saúde”.

Na sexta-feira foi conhecido o caso do caso de uma grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Saúde disse ter “conhecimento de que, por constrangimentos na escala de ginecologia obstetrícia, impossíveis de suprir, a urgência externa do Centro Hospitalar do Oeste estava desviada para outros pontos da rede do Serviço Nacional de Saúde”.

O Ministério diz estar a “acompanhar o tema, em especial a evolução da situação clínica da utente que está internada no hospital, que se encontra estável e a quem será prestado apoio psicológico”.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Parece impossível o 1º maior Partido Político da Oposição não se indignar com o facto de num espaço de 24 horas, numa ação por mais evidente concertada, começar a faltar Obstretas pelo País fora, justificando uma ação idêntica á manifestação ucraniana de exposição de carrinhos de bebés sem bebés,não se pode criticar Putin e agir desta forma, requer um levantamento popular urgente da população em protesto com a comunicação social dependente do capital Privado que tem de servir seus acionistas bem como identidades como Ordem dos Médicos Enfermagem, etc. Tudo tem um limite os portugueses tem de agir e exigir que os tribunais tenham coragem de julgar estes casos como crimes organizados por quem os pratica, matam bebés na Ucrânia que está em guerra, em Portugal não pode ser admissível seja porque razão seja,por ganhos mesquinhos, guerras partidárias,ou interesses de grupo,de um dia para o outro tanta falta de Obstretas só é possível por ação concertada, e isso tem de ser considerado crime por os atores,a justiça tem de ser capaz.

  2. é país que temos, mal governado e o povo paga tudo…O sns está um caos desde o ps no governo.
    Não há dinheiro para o sns e para os médicos dos centros de saúde!!!
    Mas há para os governantes, deputados, secretários, assessores com vencimentos chorudos!!!
    E ainda recebem a subvenção vitalicia e outras regalias, como o cartão de saúde que é pago pelo povo e muito mais e mais.
    Nenhum governante, deputados, assessores, secretários e etc….Vão ao sns e aos centros de saúde, o que deveriam ir.
    Mas como têm o cartão de saúde pago pelo povo. Vão aos hospitais privados, hospital militar etc…
    Votem no mesmo, o coveiro da nação e os seus seguidores e depois estamos a cair no abismo, há duvidas? Claro que não, já estamos a caminho, se nada for feito-
    tudo aumenta de preços exorbitantes: combustíveis mais caros da europa e produtos alimentares etc… Etc… Etc…
    Viva portugal sem oportunistas, que inrequecem facilmente.
    E o povo a viver cada vez mais pobre e alguns já são sem abrigo.

  3. Relato de uma pessoa amiga: Local Hospital de Santo André em Leiria, dia do Jogo Espanha – Portugal, situação intervenção a uma catarata. Pergunta o médico, que horas são, quantos doentes faltam? (depois das respostas de auxiliares) temos que nos despachar, pois, temos de ir ver o jogo; a intervenção estava em curso e vai uma máquina que intervem, atenção lente posta ao contrário! Pelo meio queixava-se a pessoa em causa de que sentia muitas dores. Dias depois vai a uma consulta da vista ao mesmo hospital e queixou-se ao médico de que tal intervenção lhe tinha custado bastante em relação à primeira, resposta do médico, a segunda custa sempre mais. Cada um que faça o juízo que entender aos serviços que temos e ao profissionalismo de alguns “servidores” do Estado, pois não pretendo de forma alguma meter todos no mesmo saco!

  4. Estes senhores de cada vez que passam pelo governo não fica pedra sobre pedra, mas os portugueses continuam a votar neles logo, merecem o que têm.
    Não é engraçado que a ministra da “doença “ seja a mais popular do governo!?
    Então toma e embrulha.
    Aceita que dói menos!!!

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