Horas extraordinárias são rotina no Santa Maria, denunciam enfermeiros

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Mário Cruz / Lusa

Dezenas de ambulâncias com pacientes aguardam no exterior do Hospital de Santa Maria em Lisboa para deixar os doentes na urgência hospitalar.

Profissionais de saúde não se responsabilizam pelo atendimento prestados aos doentes que recorram aos serviços de urgência.

Depois da notícia que dava conta de que mais de cem enfermeiros do serviço de urgência do Hospital de Santa Maria pediram escusa de responsabilidade por falta de condições, começam a ser conhecidos mais detalhes sobre a forma como a instituição está a funcionar, sobretudo no que respeita às urgências. De acordo com depoimentos recolhidos pela Sic Notícias, estas estão entupidas devido à permanência de doentes nos diferentes setores do Serviço de Urgência Central. Os profissionais de saúde destacam ainda a falta de vagas nas enfermarias.

“Da nossa parte, é sobretudo um alerta e um pedido de ajuda para conseguirmos ultrapassar esta situação por considerarmos que os doentes precisam de melhores cuidados”, disse à mesma fonte André Martins, enfermeiro do serviço de urgência do Santa Maria. A direção da instituição, por sua vez, tem outro entendimento, lembrando que existem, há vários meses, concursos abertos e campanhas de recrutamento de enfermeiros. Mais: no último ano entraram no serviço mais 32 enfermeiros.

No entanto, os signatários da carta enviada para o Ministério da Saúde consideram que este reforço não foi suficiente, sobretudo num contexto de pandemia, para fazer face à grave necessidade de recursos humanos da urgência do Santa Maria. Os enfermeiros referem ainda que esta situação tem vindo a ser denunciada há meses, daí declinarem responsabilidades no atendimento que é prestado aos doentes.

A Ordem dos Enfermeiros diz que, em janeiro, tinha recebido mais de três mil pedidos de escusa de responsabilidade.

ZAP //

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