Afinal, homem que ameaçou Marcelo de morte não pode ser responsabilizado

Ricardo Castelo / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa de costas

Afinal, Marco Aragão, o homem que ameaçou de morte o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é inimputável devido a uma perturbação psicótica.

Marco Aragão, o homem que estava a planear um atentado contra Marcelo Rebelo de Sousa, foi oficial do miliciano exército e também trabalhou como inspetor na Inspeção-Geral da Saúde. O homem de 40 anos trabalhou ainda na Segurança Social e tinha acesso facilitado a contactos de figuras importantes do Estado.

Aragão foi detido esta semana pela Polícia Judiciária. As investigações que culminaram na detenção iniciaram-se em dezembro do ano passado, depois de terem chegado a Belém ameaças que exigiam o pagamento de um milhão de euros, sob pena de o Presidente da República ser morto a tiro.

Segundo o Expresso, o homem já tinha enviado emails com ameaças e tentativas de extorsão a “altos cargos a nível nacional”.

Marco Aragão foi apanhado e julgado em 2019, tendo sido considerado inimputável devido a uma perturbação psicótica. O juiz decretou o seu internamento no Hospital Prisional de São João de Deus, com a duração máxima de dez anos.

O semanário sabe ainda que o homem já esteve internado preventivamente nesse mesmo hospital antes do julgamento, durante cerca de nove meses.

Os médicos permitiram a sua saída por entenderem que o paciente estava a melhorar e que o risco de repetir as ameaças era menor. Desde que saiu em liberdade, Marco Aragão é acompanhado em consultas de psiquiatria.

Fechado 22 horas por dia

O Correio da Manhã avança que Marco Aragão vai ficar fechado 22 horas por dia na ala psiquiátrica do Hospital-Prisão de Caxias, após ter sido preso pela Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária.

O homem de 40 anos partilha duas horas diárias de recreio com outros reclusos, entre eles João Carreira, o jovem que tinha planeado um atentado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e que foi recentemente condenado a dois anos e nove meses de internamento.

Marco Aragão, conhecido como “Terrulas”, chegou no início da noite de quarta-feira ao hospital-prisão, tendo sido examinado por um psiquiatra esta quinta-feira.

Daniel Costa, ZAP //

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