Mil milhões de euros difíceis de gerir: a herança de Mino Raiola

EPA/Olivier Anrigo

Mino Raiola

Advogada brasileira vai tratar do que era tratado pelo empresário italiano. Funeral do empresário já decorreu, quase em segredo.

Mino Raiola morreu no sábado passado. Depois de dois anúncios falsos sobre a sua morte, o empresário de futebolistas faleceu mesmo.

Tinha 54 anos e morreu no hospital. Estava internado há algumas semanas numa unidade hospitalar em Milão, Itália. A causa da morte não foi revelada oficialmente, mas suspeita-se de infecção pulmonar.

O funeral decorreu nesta sexta-feira, de forma muito discreta. A cerimónia foi realizada em Monte Carlo, no Mónaco, mas a família nunca divulgou publicamente o local.

Erling Haaland, Zlatan Ibrahimović, Gianluigi Donnarumma, Cesc Fàbregas, Marco Verrati e Matthijs de Ligt – eram todos representados por Mino – estiveram no funeral.

O controverso Mino Raiola começou a aparecer em larga escala em 1996, quando Pavel Nedvěd deixou o Sparta Praga para assinar pela Lazio.

Era um dos empresários mais conhecidos no futebol (talvez só superado por Jorge Mendes) e deixa uma herança de 1.000 milhões de euros difíceis de gerir, avisa o canal de televisão Cuatro.

Para já, está encontrada a sua sucessora: chama-se Rafaela Pimenta e é advogada. A brasileira era sócia de Mino, que conhecia há cerca de 20 anos.

Rafaela já deve estar a tratar do processo de Haaland, jovem avançado do Borussia Dortmund que estará a caminho do Manchester City, ou do Real Madrid.

Um império multi-milionário, com muitos ilustres (e muitos egos) para gerir, com muitos milhões pela frente. É o desafio mais difícil de sempre para Rafaela Pimenta.

E como o mercado não entra de luto, Rafaela tem outro extra complicado: conseguir igualar ou superar o trabalho de Mino Raiola que, apesar de polémico, nunca foi criticado pelos futebolistas que defendeu.

“Todos o criticavam mas quero chamar a atenção para um ponto: nenhum dos jogadores que ele representava o criticou. Muito pelo contrário, olhavam para ele como um pai”, disse à agência EFE o presidente da Associação Espanhola de Agentes de Futebol, Pedro Bravo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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