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Governo aluga helicópteros para substituir Kamov que estão parados

José Coelho / Lusa

Helicóptero Kamov Ka-32A-11BC da frota da Protecção Civil no combate a um incêndio

Entre julho e outubro, os três Kamov do Estado que estão parados vão ser substituídos por outros helicópteros pesados de combate a incêndios, anunciou o Governo esta quinta-feira.

José Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, disse na comissão parlamentar de Agricultura e Mar que, esta sexta-feira, vai ser adjudicada a prestação de serviços que vai permitir ter helicópteros pesados entre 1 de julho e 31 de outubro.

O dispositivo de combate a incêndios rurais estabelece para este ano um total de 55 aeronaves, sendo 50 alugadas e seis da frota do Estado. No entanto, da frota do Estado, os três helicópteros pesados Kamov estão inoperacionais e apenas estão a funcionar os três helicópteros ligeiros.

“Este ano tivemos mesmo que fazer esta contratação alternativa para garantir os 55 meios aéreos que temos no dispositivo especial”, disse José Neves. Os três Kamov estão parados por “mau cumprimento do contrato” por parte da empresa responsável pela manutenção e operação.

O secretário de Estado referiu que os meios aéreos foram contratualizados a uma empresa que “não cumpriu com o contrato” ao não realizar a revisão dos 10 anos, pelo que a Autoridade Nacional de Proteção Civil rescindiu o contrato.

“Por conta desse contrato, abrimos um procedimento concursal para termos máquinas alternativas para esses três helicópteros pesados de combate a incêndios em situação de ataque ampliado”. Resolvida “a litigância” com a empresa será também solucionado o problema “numa perspetiva futura”, adianta.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado afirmou que esse concurso foi feito por ajuste direto com consulta previa a empresas. O governante apresentou na comissão de Agricultura e Mar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano.

45 meios aéreos a partir desta sexta-feira

A partir de hoje, o dispositivo de combate a incêndios vai contar com mais oito meios aéreos, passando a estar disponíveis um total de 45, disse no Parlamento o secretário de Estado da Proteção Civil. Comparativamente, entre 2013 e 2017, o dispositivo contava com 28 meios aéreos.

José Neves destacou não só o “grande reforço” nos meios aéreos, que têm este ano períodos de operação “significativamente alargados”, bem como o facto de passarem a estar disponíveis durante todo o ano.

“Verifica-se um grande reforço do dispositivo de meios aéreos, com mais oito meios face aos anos anteriores, um deles na Região Autónoma da Madeira, e com períodos de operação significativamente alargados. Dez helicópteros e quatro aviões com operação todo o ano e crescimento muito significativo dos meios em junho e outubro”, disse.

ZAP // Lusa

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