Um pirata informático ouvido numa comissão parlamentar que investiga atos golpistas no Brasil disse que Jair Bolsonaro lhe sugeriu que invadisse as urnas eletrónicas, e pediu que assumisse um crime contra o juiz Alexandre de Moraes. Noutra polémica, o Supremo Tribunal brasileiro autorizou o levantamento do sigilo bancário do ex-presidente.
O especialista em informática Walter Delgatti disse, esta quinta-feira, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso brasileiro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro falou consigo sobre o risco de uma rutura institucional no Brasil se perdesse a eleição, prometendo-lhe um “indulto” se fosse preso por essas operações ilegais.
“Segundo ele [Bolsonaro], eles haviam conseguido um grampo [escuta ilegal], que era tão esperado à época, do juiz Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do juiz, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, disse.
“[Bolsonaro] havia concedido um perdão a um deputado federal. E como eu estava com o processo da Spoofing [operação sobre invasão de telemóveis de autoridades brasileiras] à época, e com as [decisões judiciais] cautelares que me proibiam de aceder à Internet e trabalhar, eu visava a esse indulto. E foi oferecido no dia”, declarou.
Walter Delgatti afirmou que falou com o ex-presidente sobre a sua prisão num segundo momento. Nesta conversa, Bolsonaro terá dito: “Fique tranquilo, se algum juiz te prender, eu mando prender o juiz”.
Num depoimento tenso, o pirata cibernético disse ainda que o ex-presidente e alguns de seus aliados e assessores sugeriram a criação de uma falsa urna eletrónica, que seria usada na campanha eleitoral.
A ideia era criar um código fonte para colocar numa urna falsa de votação e simular o momento do voto. No caso, o eleitor escolheria um candidato, mas o voto seria registado em outro, o que levaria os apoiantes de Bolsonaro a acreditarem que o sistema eletrónico de votação teria sido viciado.
Segundo o pirata informático, os encontros com Bolsonaro foram na residência oficial da Presidência e também esclareceu que nessas reuniões explicou ao ex-presidente que os sistemas de votação não poderiam ser violados.
Na sequência, Bolsonaro teria, alegadamente, sugerido a Delgatti que criasse a urna falsa, o que nunca foi feito, e também pediu que invadisse redes informáticas da Justiça brasileira.
O pirata acabou por invadir o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) do país e incluiu um mandado de prisão falso contra o juiz Alexandre de Moraes, presidente do Superior Eleitoral Tribunal de Justiça (TSE) e membro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em junho, Bolsonaro foi julgado pelo TSE e proibido de exercer todos os seus direitos políticos por oito anos, devido a uma campanha contra as urnas eletrónicas – que o Brasil usa desde 1996 sem nunca registar fraudes.
Sigilo bancário de Bolsonaro vai ser levantado
O Supremo Tribunal Federal brasileiro autorizou a polícia a levantar o sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro, na investigação à apropriação e venda de joias recebidas durante o seu mandato.
A decisão foi tomada na quinta-feira à noite pelo magistrado Alexandre de Moraes e é extensiva à mulher do ex-presidente, Michelle Bolsonaro.
As autoridades brasileiras estão a tentar desvendar uma trama em torno de uma série de joias e objetos de grande valor que o chefe de Estado brasileiro, quando ainda estava no poder, recebeu durante as suas viagens ao estrangeiro como presentes e que legalmente tinha de entregar aos cofres do Estado quando deixou o cargo.
No entanto, de acordo com as investigações, Bolsonaro manteve vários desses presentes de luxo e, através de intermediários, vendeu parte deles nos Estados Unidos, embora alguns dos seus colaboradores os tenham comprado de volta mais tarde quando o Estado exigiu a sua devolução.
A decisão do juiz surge em resposta a um pedido da Polícia Federal, que quer investigar as contas de Bolsonaro e da sua mulher em busca de transações suspeitas e, em última análise, saber se o dinheiro obtido com a venda destas joias chegou ao ex-chefe de Estado, que nega qualquer tipo de irregularidade.
O juiz também deu luz verde para que a Polícia Federal peça aos Estados Unidos o levantamento do sigilo bancário dos investigados que têm contas naquele país.
ZAP // Lusa
Perjúrio:
O Projeto de Lei 3148/21 inclui no Código Penal o crime de perjúrio: fazer afirmação falsa ou negar a verdade como investigado ou parte em processo ou investigação. A pena será de três a seis anos de reclusão.
O Hacker tanto não é confiável que votou no Lulu; que é um mentiroso compulsivo.
E sobre prender, quem manda prender sem ter Foro e invade competências é o TSE.
Quantas prisões ilegais?
Do TSE? Mais de 1000.
Um humorista do canal “hipócritas” foi preso e a mídia escondeu e não divulgou.
Jornalistas foram presos; pessoas foram presas; índio foi preso (em menos de 1 mês perdeu mais de 30 quilos); “simpatizantes do Bolsonaro de qualquer gênero” foram e estão sendo presos.
Algo que todos tem em comum nessas prisões: não é permitida visitas de Familiares e alguns não tem acesso ao que foram acusados e em sua maioria foram impedidos de exercer seu trabalho e terem acesso as suas contas ou de serem monetizados.
Fora que Venezuelanos no Brasil foram “presos” por ” ongs ; lula” em prédios e são presos em uma “sala” famílias juntas e trancados com cadeado e só podem sair ás 2 da tarde até ás 6 ou 8 da noite pra “fazer necessidades e limpa roupa e comer” depois são trancados; aceitam isso pq ao menos tem comida e por não terem aonde ir e por medo de passar fome e sede.
Mídia está co medo e quem não divulga está recebendo muito bem pra isso.
Já lá dizia o Rei-Sol: o Estado sou eu. É uma característica comum aos autocratas, confundirem o Estado com a sua própria pessoa.
Palmas para-Amanda! Essa sabe o que realmente nós brasileiros estamos passando. Tudo o mais são puras narrativas de uma imprensa esquerdista muito bem paga!