Há uma imagem inovadora que explica a enigmática distribuição da matéria negra

O Universo cósmico está repleto de mistérios que os cientistas lutam há séculos para desvendar, sendo a matéria negra é um exemplos mais óbvios. De facto, a sua compreensão poderia ajudar na aprendizagem sobre a evolução e estrutura do Universo.

Agora, uma equipa de investigadores da Universidade da Pensilvânia criaram um mapa detalhado da matéria negra invisível através do Telescópio Cosmológico do Atacama (ACT). A nova imagem inovadora ilustra a matéria escura distribuída por um quarto do céu. A criação do mapa confirma a teoria de Albert Einstein de como as colossais estruturas cósmicas cresceram e curvaram a luz ao longo de 14 mil milhões de anos do universo.

“Mapeámos a matéria negra invisível através do céu para as maiores distâncias, e vemos claramente as características deste mundo invisível que são centenas de milhões de anos-luz. Parece-se exatamente como as teorias previam“, explicou Blake Sherwin, professor de cosmologia na Universidade de Cambridge.

Contudo, foi uma tarefa difícil documentar as características da matéria negra, que constitui 85% do universo. Como a matéria escura não interage com a luz ou outros tipos de radiação electromagnética, é difícil de se estudar. A gravidade é o único elemento que poderia revelar informações sobre a matéria escura.

Para este efeito, a equipa observou a distorção da luz remanescente do Big Bang – quando o universo tinha apenas 380.000 anos. Este tipo de luz difusa viaja livremente pelo universo e é conhecido como radiação cósmica de fundo de microondas (CMB).

A equipa examinou “a atração gravitacional de estruturas grandes e pesadas, incluindo matéria escura, empena o CMB na sua viagem de 14 mil milhões de anos até nós, tal como uma lupa dobra a luz ao passar através da sua lente”, explica a mesma declaração.

Além disso, a investigação também acrescenta novos pontos ao debate em curso sobre “A Crise na Cosmologia”, que se concentra na discrepância na medição da idade do universo e requer o conhecimento da taxa de expansão. A crise deriva de diferentes medições da luz de fundo e não da CMB. Estes desvios sugeriam que a matéria escura não era suficientemente irregular no modelo padrão da cosmologia e que o modelo era impreciso.

“De forma notável, fornece medições que mostram que tanto a ‘granularidade‘ do universo como a taxa de crescimento após 14 mil milhões de anos de evolução, são exactamente o que se esperaria do nosso modelo padrão de cosmologia baseado na teoria da gravidade de Einstein”, disse Mathew Madhavacheril, professor assistente no Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Pensilvânia.

ZAP //

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