Num momento em que o tema da “robotização das forças de segurança” tem estado no centro de discussões políticas, éticas e tecnológicas, Nova Iorque vai testar um robô para controlar o metro de Manhattan.
Nova Iorque e o respetivo departamento policial (NYPD) acabam de lançar um programa piloto, que incorpora o robô de segurança Knightscope K5 nas suas operações.
O anúncio foi feito numa estação de metro de Manhattan, onde o robô será inicialmente implementado.
Durante as primeiras duas semanas, o K5 será treinado e configurado para patrulhar o movimentado sistema de metropolitano, entre a meia-noite e as 6 da manhã.
Eric Adams, presidente novaiorquino, citado pela Interesting Engineering, disse que o principal motivo pelo qual é um investimento acertado, é o facto de esta inovação não exigir respeito nem direitos laborais: “O K5 opera abaixo do salário mínimo, sem pausas para casa de banho ou refeições”.
Experiências anteriores bem-sucedidas (algumas) com este robô, por parte de outras forças policiais, nos EUA, foram decisivas na tomada da decisão.
O Knightscope K5 pode diminuir os riscos para os agentes. Por outro lado, questões éticas, de privacidade e do uso adequado da força, por parte desta tecnologia, estão a ser levantadas.
O debate em torno da utilização de robôs pelas forças de segurança está longe de ser concluído. A tecnologia pode trazer consigo desafios e preocupações éticas que precisam de regulamentação adequada.
Com este projeto-piloto, Nova Iorque torna-se um terreno de teste para entender melhor os benefícios e os potenciais problemas associados à robotização das forças de segurança.