Subiu para 31 o número de mortos em consequência do terremoto deste sábado na cidade de Tainan, no sul de Taiwan, comunicaram este domingo as autoridades do Estado insular.
O abalo provocou mais de 500 feridos e calcula-se que cerca de 120 pessoas estejam ainda sob os escombros de edifícios que desmoronaram total ou parcialmente.
Cerca de 800 militares foram mobilizados para ajudar a resgatar sobreviventes do terramoto de magnitude 6,4 graus na escala Richter.
O presidente da Câmara de Tainan, Willian Lai, revelou que sobreviventes e parentes relataram a ocorrência de “violações da lei”, mas não quis dar detalhes.
“Entrei em contacto com entidades judiciais, que lançaram uma investigação formal”, garantiu o autarca.
“Também solicitámos a três organismos independentes a preservação de provas durante o resgate, para que possamos ajudar os habitantes afectados, caso queiram avançar no futuro com processos judiciais”, acrescentou.
“Os construtores responsáveis, se violaram a lei, serão detidos”, adiantou ainda Lai.
Segundo a imprensa local, a empreiteira responsável pelo complexo sob cujos escombros autoridades estimam ainda haver cerca de 120 vítimas, abandonou o negócio de construção.
No passado, já tinha havido uma investigação sobre a segurança do edifício e a qualidade dos materiais utilizados.
Um habitante de Tainan com oito familiares soterrados sob o prédio afirmou que os moradores tinham apresentado reclamações acerca de defeitos na construção do edifício.
“Eles queixavam-se de que o edifício não foi bem construído, pois havia rachaduras nas paredes e azulejos caíram, depois de diversos tremores nos últimos anos.”
Taiwan fica próximo de duas placas tectónicas, sendo atingido com regularidade por abalos sísmicos.
Em junho de 2013, um abalo com magnitude 6,3 atingiu o centro da ilha e provocou quatro mortes e deslizes de terra generalizados.
Em setembro de 1999, um abalo de magnitude 7,6 causou a morte cerca de 2.400 pessoas.
ZAP / ABr / DW