A Direcção-Geral da Saúde (DGS) disponibiliza diariamente dados sobre a evolução da covid-19 em Portugal, mas há muitos indicadores que não são públicos – e nem sequer cientistas que querem analisar as informações de uma perspectiva académica, conseguem aceder-lhes.
Mesmo dados que não colocam em causa a privacidade dos pacientes com covid-19 não são divulgados publicamente, conforme apontam especialistas ouvidos pelo Expresso.
Entre os dados que não se conhecem estão o número de testes por região, o tipo de laboratório (privado ou público) onde foram feitos, a taxa de isolamento dos casos positivos, a evolução dos surtos activos ou o tipo de contágio mais habitual. Nem tão pouco é pública a evolução da taxa de ocupação dos hospitais, nem do peso das comorbidades entre os infectados e entre os mortos.
Conhecer alguns destes indicadores ajudaria a caracterizar de forma mais precisa a evolução da epidemia em Portugal.
A evolução semanal do R, indicador sobre o número médio de pessoas que cada infectado contagia, só é pública desde há um mês, podendo ser consultada no site do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
E há até cientistas que pretendem aceder a dados para fins académicos e de estudo que não o conseguem fazer, como destaca ao Expresso o director da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Nuno Sousa, que desde Março tenta, sem sucesso, obter informação.
“Estamos nisto desde o início de Março. Se era possível entender que em Março fosse impossível ter esses dados todos disponíveis, é difícil perceber como é que chegamos ao fim de Junho sem ter acesso a dados muito simples e que podiam ser altamente informativos”, destaca Nuno Sousa.
“A tomada de decisão baseia-se nesta informação. E sabemos agora que os dados têm de ser trabalhados à escala regional. É preciso ter essa lente mais afinada”, constata ainda.
Notas que surgem numa altura em que a resposta à pandemia em Lisboa, onde se concentra agora o maior número de novos infectados, tem sido contestada.
Já toda a gente desconfiava
O PR disse: “Não vamos mentir” e assim não é preciso. Embora que os Espanhões mentiram muito bem e não são excluídos do turismo como é Portugal Honestinho
Aleluia foi preciso o Covid chegar em força a Lisboa p/ alguém chegar a esta conclusão, afirmar e denunciar.
Há quem diga o nº diário de infectados e mortos, já chegou a ser mais do dobro daquilo que diariamente informam. A DGS e os políticos que nos comandam, são uns contorcionistas mentirosos. Até o das beijocas e selfies. Não podemos confiar nestas seitas.
O dobro? o tipo do quiosque diz que chegou a ser o triplo! que triteza quando se comente “…há quem diga..”
Há também o “lado oposto” de ver a situação…
É que, ao que parece, nunca mais ninguém morreu de outra causa, ou seja, só vê COVID, só se fala de COVID e só se morre de COVID…
Que o “bicharoco” é perigoso, é (pelo menos até haver antídoto, tanto em medicação como em vacina)… mas também é verdade que a esmagadora maioria das mortes “por COVID” está associada a outras patologias das quais as pessoas (que morreram) já padeciam… e foi, sobretudo, por causa dessas patologias (e de um quadro clínico mais ou menos complicado) que morreram…