“Ridículo! Sanções progressivas não vão funcionar com Putin.” Eurodeputado Guy Verhofstadt critica UE

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aldegroup / Flickr

Eurodeputado Guy Verhofstadt

O deputado belga do Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, partilhou um vídeo no qual surge a criticar a abordagem da União Europeia (UE) em relação a Vladimir Putin. “Sanções progressivas não vão funcionar”, disse.

O discurso de Guy Verhofstadt tornou-se viram nas redes sociais, depois de o eurodeputado ter acusado a Alemanha de “arrastar os pés”.

Verhofstadt também considerou “ridículas” as novas sanções que não foram além da proibição das importações de carvão russo, que vale apenas 3% das importações europeias vindas da Rússia.

“Pacotes de sanções progressivas não funcionam quando estamos perante um autocrata. Isso funciona quando estamos a lidar com uma democracia, onde há uma verdadeira opinião pública. Na Rússia, já não há uma verdadeira opinião pública”, atirou, citado pelo Observador.

O eurodeputado também lamentou que a União Europeia continue sem penalizar os oligarcas russos e “as 6.000 pessoas que trabalham verdadeiramente com Putin“. “Nós sabemos quem elas são, temos a lista, Alexei Navalny fez essa lista. São essas pessoas que é necessário penalizar.”

“É hora de mudar a estratégia. É tempo de marcar um novo Conselho Europeu o mais rapidamente possível, para avançar imediatamente para o pacote total de sanções”, apelou o eurodeputado, referindo-se à eventual proibição das importações russas de petróleo e gás natural.

“Depois dos horrores da II Grande Guerra, emergiu uma Alemanha forte e democrática. É dessa Alemanha que esperamos liderança, não um arrastar dos pés como aquele que estamos a ver hoje em dia”, rematou.

A Comissão Europeia propôs, na terça-feira, uma proibição de importação pela União Europeia de carvão russo, que vale à Rússia quatro mil milhões de euros por ano, e a expulsão de quatro bancos russos do mercado financeiro europeu.

Em causa está um pacote de sanções proposto pelo executivo comunitário e anunciado à imprensa em Bruxelas pela líder, Ursula von der Leyen, visando tornar estas medidas restritivas “mais amplas e mais severas” para a economia russa, nomeadamente após as alegadas execuções de civis cometidas pelas tropas russas.

ZAP //

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