António Guterres denuncia “perigosa epidemia de desinformação”

André Kosters / Lusa

O atual secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

A pandemia de covid-19 provocou uma “perigosa epidemia de desinformação”, considerou, esta terça-feira, o secretário-geral das Nações Unidas.

Num comunicado no qual não aponta qualquer país ou meio de comunicação em concreto, António Guterres lamentou que, num momento que deveria pertencer “à ciência e à solidariedade”, se espalhem conselhos prejudiciais à saúde, que as “mentiras se espalhem no ar”, que as “teorias da conspiração poluam a Internet” e que o “ódio se torne viral, estigmatizando pessoas e grupos”.

“O mundo deve unir-se também contra esta doença”, apelou o secretário-geral da ONU, defendendo que “a vacina é a confiança” e que é necessário confiar na ciência.

Guterres saudou ainda “os jornalistas e todos aqueles que verificam os factos na montanha de histórias enganadoras e publicações nas redes sociais”, acrescentando que as grandes empresas detentoras destas redes devem “fazer mais para eliminar o ódio e as afirmações nefastas relacionadas com a covid-19”.

Juntos rejeitaremos a mentira e a estupidez, para construir um mundo mais são, equitativo, justo e resiliente”, concluiu António Guterres no comunicado, que foi também difundido em vídeo.

No final de março, o secretário-geral das Nações Unidas também pediu um “cessar-fogo global imediato” para preservar a vida de civis perante a “fúria” da pandemia de covid-19.

“A fúria com que o vírus se está a espalhar mostra que continuar a fazer guerra é loucura”, explicou, na altura, o secretário-geral das Nações Unidas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

ZAP // Lusa

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