Um ano de guerra: Rússia é o país com mais refugiados ucranianos, Portugal no top-20

EPA/Roman Pilipey

Refugiados junto a um carro, em Zaporizhzhya

Portugal fecha o top-20 de países que recebem pessoas que fogem da guerra, a uma semana de se completar um ano desde o início do conflito.

De hoje a uma semana, completa-se um ano desde que começou a guerra na Ucrânia.

Na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022 o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma “operação militar especial” com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

Um ano depois, há registo de mais de 7 mil civis mortos na Ucrânia por causa da guerra. Mais precisamente 7.155 vítimas mortais; e 438 das vítimas eram crianças.

Quase metade desses 7 mil mortos ocorreu só num mês: Março. Foi, de longe, o mês, com mais mortos (3.326). Recorde-se que a guerra tinha começado apenas cinco dias antes.

Desde Abril tem havido sempre uma tendência decrescente, mês após mês. A partir de Novembro, e pelo menos até Janeiro de 2023, o número de mortos ficou abaixo dos 200 mensais.

Os números são do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, reproduzidos no portal Statista.

O número de feridos é ainda maior, segundo as mesmas estimativas: 11.662, dos quais 851 são crianças.

Mas os números em ambos os casos podem ser maiores, avisa a entidade da ONU.

Antes do início da guerra, a Ucrânia tinha 41 milhões de habitantes. Agora terá muito menos porque 8 milhões de pessoas terão abandonado o país ao longo do último ano.

Os números mostram que o país que recebeu mais refugiados ucranianos foi até agora a… Rússia. Com quase 2.9 milhões, bem distantes da Polónia (1.5 milhões) e Alemanha (pouco mais de 1 milhão).

Portugal, que já era a casa de milhares de ucranianos, fecha o top-20 dos países com mais refugiados: 57 mil.

O país que dá maior apoio financeiro para alojamento é a Alemanha: 449 euros por cada refugiado, em média. Seguem-se Irlanda e Finlândia.

Aqui, Portugal sobe um pouco e fecha o top-15, com uma média de 147 euros por cada refugiado no 15.º lugar.

Não há dados sobre a Rússia, neste último contexto.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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