F-16 já estão a caminho da Ucrânia, anunciou Antony Blinken. Não são apenas mais um reforço para as tropas ucranianas.
Os países da NATO iniciaram a transferência de aviões de combate F-16 para a Ucrânia, a fim de fortalecer a defesa deste país contra a Rússia, anunciou nesta quarta-feira o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
“Tenho o prazer de anunciar que, neste momento, a transferência de aeronaves F-16 está em andamento, da Dinamarca e dos Países Baixos”, disse Blinken à margem da cimeira da NATO em Washington.
“Esses aviões voarão nos céus ucranianos neste verão para garantir que a Ucrânia possa continuar a defender-se eficazmente contra a agressão russa”, acrescentou, num fórum de discussão.
Num comunicado, a Casa Branca afirmou também que a Bélgica e a Noruega se comprometeram a fornecer aeronaves adicionais como parte de uma coligação de países que fornecem estes aviões à Ucrânia.
Kiev espera que os jatos de combate fabricados nos Estados Unidos ajudem a proteger melhor os seus soldados e as suas cidades dos bombardeamentos russos diários.
Podem mudar a guerra
Os F-16 não são apenas mais um reforço para Kiev.
Um dos pontos fracos – não é o único – do lado ucraniano é precisamente a menor eficácia na defesa aérea.
Ainda nesta segunda-feira pode ter sido dado um sinal de que a Rússia mudou a sua estratégia e os mísseis passarão a ser mais frequentes, o que é um problema para a Ucrânia.
O envio de F-16 pode “alterar o desenrolar do teatro de operações”, permitindo combater diretamente as aeronaves russas que têm bombardeado constantemente solo ucraniano, explica na RTP o major-general João Vieira Borges.
O F-16 é um caça-bombardeiro monomotor de alto desempenho, polivalente e altamente manobrável, com capacidade para operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade.
O fator chave, diz João Vieira Borges, é que os F-16 têm sistemas de mísseis ar-ar que obrigam as aeronaves russas a largar as bombas mais longe dos alvos, sendo os seus ataques menos eficazes.
Também é uma arma que efetua diversas tarefas: ataque ao solo, interceção aérea, reconhecimento, combate ar-ar. “Por isso, o F-16 é tão temido pela Rússia“, resume o major-general.
Meses de treino
A Ucrânia começou a solicitar F-16 logo após a invasão russa em fevereiro de 2022, e os pilotos ucranianos passaram meses de treino em países da NATO, incluindo os Estados Unidos.
Vários Estados-membros da Aliança Atlântica comprometeram-se a fornecer dispositivos deste tipo, elogiados pela sua precisão, rapidez e autonomia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em maio que a Ucrânia precisava de cerca de 130 F-16 para ter paridade aérea com a Rússia.
Mas os países ocidentais prometeram menos de 100.
A Rússia, por sua vez, alertou que as suas forças teriam como alvo todo o equipamento militar ocidental, incluindo os F-16, enviados para a Ucrânia.
O chefe da diplomacia norte-americana observou ainda que a entrega destes aviões deverá “fazer com que o Presidente russo, Vladimir Putin, pense” no facto de que não sobreviverá à Ucrânia, que não sobreviverá a nós e que, se persistir, os danos que continuarão o que fazer à Rússia e os seus interesses só piorarão”.
“Sou grato aos Estados Unidos, Dinamarca e Países Baixos por tomarem medidas práticas para atingir a meta de todos os ucranianos: fortalecer a força aérea ucraniana com F-16”, agradeceu Zelensky na rede social X.
O Presidente da Ucrânia agradeceu também à Bélgica e à Noruega pelo “seu comprometimento em fornecer os seus jatos F-16”, considerando este “um sinal claro de que a capacidade da Rússia de aterrorizar o povo, as cidades e as comunidades ucranianas continuará a diminuir”.
“Os F-16 também serão usados para reforçar a defesa aérea da Ucrânia. Estou confiante de que eles nos ajudarão a proteger melhor os ucranianos de ataques russos brutais, como o ataque desta semana ao hospital infantil Okhmatdyt em Kiev. (…) Os F-16 trazem uma paz justa e duradoura para mais perto, demonstrando que o terror deve falhar em todos os lugares e a qualquer momento”, acrescentou.
Zelensky acrescentou que o seu Governo continuará a trabalhar em Washington para chegar a acordos que fortaleçam as capacidades de defesa da Ucrânia.
“Mais F16 para a Ucrânia! Sou grato ao Governo norueguês, ao primeiro-ministro Jonas Gahr Store, ao meu homólogo Bjorn Arild Gram, e ao povo norueguês pela decisão de doar seis caças F-16 para a Ucrânia. Os F-16s definitivamente fortalecerão a defesa das nossas cidades e as capacidades das forças de defesa no ar”, agradeceu, na rede social X, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
-
12 Dezembro, 2024 Cessar-fogo natalício: Zelenskyy recusou? Há possível acordo de reféns em GazaTambém em: Guerra no Médio Oriente
-
11 Dezembro, 2024 Rússia baixa a guarda (e muito) na ponte da Crimeia
-
6 Dezembro, 2024 Cidade russa tira tudo que é azul e amarelo da árvore de Natal
-
5 Dezembro, 2024 Reino Unido: “Estamos à beira da terceira era nuclear”Também em: Guerra no Médio Oriente
Os F-16 podem ser importantes, mas duvido que mudem o curso da guerra. Pelas suas exigências em termos de manutenção e de condições de pista e porque vão com certeza ser mais um alvo dos mísseis russos. Talvez haja optimismo a mais do lado ucraniano. Talvez mais uns sistemas Patriot e afins fossem mais úteis.
Se não forem tomadas medidas para proteger os F-16 no solo, temo que valham de muito pouco, tendo em conta o alcance dos misseis Russos e o dado mais do que evidente que, muito rapidamente, os Russos saberão onde estão todos os F-16 armazenados entre missões.
Serão necessários dezenas de sistemas Patriot para proteger estes locais caso contrario, muito rapidamente, teremos o Peskov ou o Lavrov a vangloriar-se de que destruíram todos os F-16 enviados pelo Ocidente.
Para onde estamos realmente indo? O profeta Daniel escreve: “No tempo designado [o rei do norte] voltará [isto significa guerras e golpes. (Lucas 21:9) As tropas russas voltarão para onde estavam anteriormente estacionadas. Isto não se aplica apenas à Ucrânia. A União Europeia e a NATO vão desmoronar-se. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa]. E entrará no sul [este será o início de uma guerra nuclear], mas não serão como antes ou como mais tarde [estas ações militares não conduzirão a uma guerra nuclear global. Esta guerra só começará após o retorno do rei do norte, e por causa do conflito étnico], porque os habitantes das costas de Quitim [o distante Ocidente, ou para ser mais preciso, os americanos] virão contra ele, e (ele) se quebrará [mentalmente], e voltará atrás”. (Daniel 11:29, 30a)
Este será um abate mútuo. A “poderosa espada” também será usada. (Apocalipse 6:4)
Jesus o caracterizou assim: “coisas atemorizantes [φοβητρα] tanto [τε] quanto [και] extraordinárias [σημεια] do [απ] céu [ουρανου], poderosos [μεγαλα] serão [εσται].” É precisamente por causa disso haverá tremores significativos ao longo de todo o comprimento e largura das regiões [estrategicamente importantes], e fomes e pestes.
Muitos dos manuscritos contém as palavras “και χειμωνες” – “e geadas”.
A Peshitta Aramaica: “וסתוא רורבא נהוון” – “e haverá grandes geadas”. Nós chamamos isso hoje de “inverno nuclear”. (Lucas 21:11)
Em Marcos 13:8 também há palavras de Jesus: “και ταραχαι” – “e desordens” (a falta de ordem pública).
A Peshitta Aramaica: “ושגושיא” – “e confusão” (sobre o estado da ordem pública).
Este sinal extremamente detalhado se encaixa em apenas uma guerra. Isso não será o fim do mundo. Mas todas essas coisas serão apenas como as primeiras dores de um parto. (Mateus 24:8; cf. Isaías 5:24, 25)
Este também será o início do Dia do Julgamento. (Apocalipse 1:10)
Isso não acontecerá em breve, mas de maneira repentina [εν ταχει]. (Apocalipse 1:1)
Ainda há tempo para a reconciliação com Deus.
@Ewiak Ryszard – Deixaste de tomar a medicação outra vez?
“…O F-16 é um caça-bombardeiro monomotor de alto desempenho, polivalente e altamente manobrável, com capacidade para operar em todas as condições meteorológicas e de luminosidade….”
E serão destruídos em grande quantidade assim que chegarem à Ucrânia. Tal como os Abrams, os Leopard e os Patriot, os F-16 não estão à altura das armas russas. Além disso os pilotos ucranianos mal tiveram tempo de aprender a utilizá-los em combate. Vai ser uma hecatombe…
Força Ucrânia! O povo ucraniano é dos povos mais corajosos do mundo. Viva a liberdade! Viva a Ucrânia!
Nuno Cardoso,
A especialidade dos seus amigos russos é atirar contra hospitais, escolas e edifícios residenciais.
Cambada de assassinos, é incrível como existem pessoas que os apoiam.
Boa sorte Ucrânia. Putin é um rato que ruge.
A Rússia está do lado errado do direito e da história mundial, com uma narrativa imperialista e expansionista.
Assim, a sua invasão da Ucrânia,desta vez não passou impune e tem pela frente a Ucrânia e os povos que a apoiam. No mínimo espalhou ódio que perdurará durante séculos. Vergonha sobre Putin e quem o apoia.
Muitos dos pilotos dos F16 serão mercenários ocidentais bem treinados e as suas bases aéreas partirão da Roménia, Eslováquia e Polónia. Isso pode dificultar em muito a supremacia aérea Russa, pelo menos na parte ocidental da Ucrânia. Não estou a ver autonomia destes aviões para atacar as tropas Russas na parte leste da Ucrânia. Pois, caso tentem, com pouco combustível, serão alvos fáceis dos Sukois Russos, que têm muito mais autonomia. Sem dúvida que o recurso aos F16 pode escalar o conflito e pelo menos defender o espaço aéreo com mais eficácia dos ataques Russos na parte ocidental da Ucrânia. Mas enquanto os russos estiverem na parte Oriental do rio Dnipro estes aviões não serão eficazes no apoio aéreo às tropas ucranianas no terreno.
@Ewiak Ryszard quem é que te arranja a cena? Essa é da boa
Não são os Ucranianos que atacam a Rússia, mas sim, os Estados Unidos da América e se tal ato detonar uma guerra nuclear,
no centro estamos nós, europeus, que nada temos a ver com o assunto mas que provavelmente vamos ser as principais e grandes vitimas, Os americanos, com sempre, estão do outro lado a gozar o espetáculos e a colonizar toda a Europa. Esta é a politica duma Europa que não tem qualquer poder estratégico nem militar no mundo dos nossos dias… O cenário apresenta-se triste e perigoso , muito pior que o genocídio da faixa de Gaza…
Firmino,
Sabe quem começou esta guerra (para si “operação militar especial”)?
Sabe qual o pais que foi evadido e qual o evasor?
Deixe de tretas e de atacar quem nos pode proteger dos assassinos russos.
Cá está o comunista Nuno Cardoso da Silva !
Já viram que a Rússia está derrotada? Aquilo que para eles era a tomada da Ucrâna numa semana, está a ser um autêntico fracasso. E o epílogo de tudo isto ainda vai ser mais tenebroso para os russos, que vão chegar ao fim desta aventura com uma mão cheia de nada. Putin falhou em toda a linha ao não ponderar previamente na coesão e apoio das potências ocidentais à Ucrânia.
O Nuno Cardoso fala muito mas diz pouco…ou nada…
A realidade é que já passou imenso tempo do início da invasão da Ucrânia e as tropas russas nem o Donbass controlam.
A realidade é que já tiveram o controlo do aeroporto de Kiev e já estiveram com uma coluna de blindados de 60 kms às portas da capital da Ucrânia e agora estão longe…bem longe. Já estiveram em Kherson e fugiram. Já estiveram nas imediações de kharkiv e foram corridos.
A questão que se coloca é: foram tomar balanço?!