Alemanha seria um alvo mais fácil para o Kremlin. A operação da Rússia seria para manipular políticos, empresários ou jornalistas.
O FBI denunciou na semana passada que Vladimir Putin tinha ordenado uma campanha secreta psicológica, para influenciar eleitores dos EUA com propaganda política e desinformação.
Dois cidadãos russos foram acusados, mais de 30 domínios de internet foram identificados – todos para tentar influenciar as eleições presidenciais de Novembro.
Mas o Politico avança mais: o FBI também detectou uma operação russa para manipular políticos, empresários, jornalistas e outros influenciadores da Europa.
Esta (outra) guerra psicológica secreta teria como alvos figuras de Alemanha, França, Itália e Reino Unido.
A prioridade do Kremlin seria dividir a Europa, fazer com os que esses europeus deixassem de acreditar no Governo dos EUA e tentar colocar o povo contra o apoio à Ucrânia.
Para isso, chegavam ao público-alvo com publicações e comentários reais nas redes sociais, para contornar os filtros de bots das plataformas.
Tudo para criar nesses europeus reacções racionais – como, “afinal, por que é que nós precisamos de ajudar a Ucrânia?” – e reacções emocionais – como “os norte-americanos são canalhas!'”.
O relatório do FBI mostra que os russos criaram na internet domínios doppelgänger: são escritos de forma idêntica a domínio legítimo, mas sem o ponto entre o host/subdomínio e o domínio.
Falsificaram meios de comunicação social conceituados: Reuters, Der Spiegel, Bild, Le Monde, Le Parisien, Welt, FAZ, ou Süddeutsche Zeitung. Tudo para disseminar artigos e conteúdos falsos, mas que parecessem verdadeiros.
A sequência seria: primeiro desacreditar os EUA, depois o Reino Unido, depois a NATO. Mais tarde, convencer os alemães a serem contra as sanções contra a Rússia. Os criminosos terão reparado que a Alemanha era um alvo particularmente vulnerável à influência russa.
Além disso, iriam tentar escalar as tensões internas, nomeadamente na França e na Alemanha, onde queriam desestabilizar a sociedade.
Nessa sequência, outro objectivo era influenciar conflitos reais e criar conflitos, novamente através de artigos falsos, ou influenciadores, publicações e comentários nas redes sociais.
Acrescento apenas que uma Europa dividida não é um desejo apenas da Rússia.
EUA, Reino Unido e China estão no lote dos que, se dependesse deles, a UE acabava hoje!
Nota pessoal: A UE que temos podia efetivamente acabar hoje. Não serve de grande coisa. Mas a UE de ‘hoje’ servirá de base à UE de ‘amanhã’, e essa, é a que devemos preservar, porque num mundo cada vez mais polarizado, estamos (Europeus) em risco de sermos banalizados se não mostrarmos em 20, 30… 50 anos, uma frente totalmente unida: Económica, politica, social e militarmente.
Ó ó ó Europa….eterna e PODRE Europa !!!!!