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Grupo hoteleiro de sheik árabe deixa 500 trabalhadores sem salário em Portugal

O grupo hoteleiro de luxo JJW Hotels & Resorts, detido pelo sheik árabe Mohamed Bin Issa Al Jaber, deixou 500 trabalhadores sem salário em Portugal.

Em causa está o vencimento do mês de abril, detalha o Jornal de Negócios, que avança a notícia esta terça-feira e que ouviu alguns trabalhadores do grupo, bem como a diretora de recursos humanos da JJW Portugal e uma fonte oficial.

Pagaram o salário de março em duas prestações, de 270 e 410 euros, não pagaram o de abril e nunca mais nos disseram nada – se iríamos para lay-off, como seria? Nada. E os que estão a trabalhar, a fazer a manutenção das instalações, encontram-se na mesma situação. Muitos até já rescindiram o contrato. Sentimo-nos completamente ao abandono”, contou ao Jornal de Negócios um dos trabalhadores.

Por sua vez, a diretora de recursos humanos limitou-se a dizer: “Não tenho nada para lhe dizer sobre esse sentido. Não sou obrigada a responder-lhe”.

Fonte oficial do grupo confirmou ao Jornal Negócios que o vencimento de abril está em atrasado, mas deverá ser regularizado ainda esta semana.

“Toda a hotelaria fechou, pelo que os operadores não nos pagaram as estadias de fevereiro nem de março, o que criou problemas de tesouraria. Tivemos que recorrer ao acionista, que tem vindo a ‘chegar-se à frente’”, afirmou.

O mesmo jornal especializado detalha que este grupo hoteleiro detém cinco hotéis de luxo em Portugal: os hotéis de cinco estrelas Penina (em Alvor, Portimão) e Dona Filipa (em Vale do Lobo, Loulé), o Formosa Park (no Ancão) e os campos de golfe San Lorenzo e Pinheiros Altos, na Quinta do Lago (em Almancil, Loulé).

Al Jaber chegou a ser considerado pela revistas Forbes um dos homens mais ricos do mundo, tendo estado a a sua fortuna avaliada em 6,5 mil milhões de euros.

ZAP //

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