A Groundforce informou aos sindicatos – na reunião com os administradores de insolvência da empresa de handling dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro – que conseguirá pagar normalmente os salários de agosto, após meses de atrasos nos ordenados e subsídios de férias, que levaram à intervenção do Governo e da TAP.
“Neste momento, a informação que temos dos administradores de insolvência é que a empresa tem receitas que cobrem os custos de funcionamento”, disse ao ECO o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), José Sousa. “A TAP, que representa 70% da faturação, está a fazer mais voos”, apontou como justificação.
José Sousa explicou que a TAP e outras companhias estão a pagar as faturas à Groundforce antes da data de vencimento. Indicou ainda que “as perturbações” com os “salários pagos parcialmente resultaram de pequenas provocações de Alfredo Casimiro [acionista e presidente até à insolvência], para enfurecer os trabalhadores e levá-los à contestação”.
A Groundforce declarou insolvência a 04 de agosto, num pedido feito pela TAP, que detém 49,9% do capital. Os restantes 50,1% pertencem à Pasogal, de Alfredo Casimiro. A assembleia de credores, que decidirá o futuro da empresa, será a 22 de setembro.