Estela Silva / Lusa
Nuno Morais Sarmento com Rui Rio
A reunião do Partido Social Democrata para a formação da lista de Santarém terminou em gritaria devido a um desentendimento sobre a inclusão do deputado Duarte Marques.
O PSD atravessa um período de tensão na elaboração de listas para as próximas legislativas de outubro, mas ninguém esperava que a reunião desta quarta-feira entre a distrital de Santarém e a direção social-democrata terminasse desta forma.
Um desentendimento entre o autarca de Santarém, Ricardo Gonçalves, e o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, levou a uma troca de berros entre os dois e terminou com apelos à calma para evitar uma eventual zaragata entre os dois.
A notícia avançada pelo Jornal i explica que tudo começou quando o secretário-geral do PSD, José Silvano, informou os restantes deputados que a direção do partido tinha aprovado a inclusão de Duarte Marques na lista de Santarém para as legislativas, deixando o deputado indicado pelo partido, Ramiro Matos, fora da lista.
O atual presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, não gostou e fez questão de se manifestar, alegando que Duarte Marques só entrou na lista porque teria “um padrinho”. O autarca escalabitano referia-se ao vice-presidente social-democrata, Nuno Morais Sarmento.
Morais Sarmento não se deixou ficar e disse a Ricardo Gonçalves para gastar energias com o seu concelho e com a limpeza de terrenos por causa dos incêndios. Imediatamente, o autarca rematou para este se preocupar com a limpeza de terrenos da família. Os ânimos rapidamente escalaram e começou a troca de berros, levando a que a reunião terminasse abruptamente.
“Não chegaram a vias de facto, mas foi muito tenso, tiveram de os acalmar”, explicou ao i uma fonte partidária.
Duarte Marques acabou por não ser validado pela distrital liderada por João Moura, deixando o caso para a comissão política nacional de dia 30 de julho, onde serão votados os nomes das listas.
