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Grécia não aceita ultimato “nem com pistola apontada à cabeça”

FrangiscoDer / Wikimedia

Alexis Tsipras, Primeiro-ministro da Grécia

O porta-voz do Governo grego, Gavriil Sakelaridis, rejeitou o ultimato imposto pelo Eurogrupo e assegurou que o país “não vai pedir um prolongamento do memorando nem com uma pistola apontada à cabeça”.

“O Governo não se deixa chantagear com ultimatos”, disse Sakelaridis em declarações à cadeia privada de televisão Mega, aludindo ao prazo dado até sexta-feira pelo chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, para a Grécia assinar um prorrogamento do acordo vigente, se quer continuar a receber ajuda dos seus parceiros.

Sakelaridis insistiu que “o Governo grego comprometeu-se a chegar a um acordo mutuamente benéfico” e demonstrou que está à procura de “um terreno comum para dar uma solução comum”.

Mesmo assim, assegurou que o executivo continuará a fazer contactos e consultas com o objetivo de chegar a uma solução comum.

Na mesma linha, na segunda-feira, em Bruxelas, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, mostrou-se otimista de que “nas próximas 48 horas” se poderá chegar a um acordo.

A Grécia negou-se a assinar o acordo proposto pelo Eurogrupo com o argumento de que mantinha a filosofia do memorando e violava o espírito do esboço realizado previamente pela Comissão Europeia, que, segundo Varoufakis, estava disposto a assinar “imediatamente”.

Por outro lado, o porta-voz do Governo realçou que não haverá problemas com o financiamento dos bancos gregos porque teve essa garantia do Banco Central Europeu.

/Lusa

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