O número de pessoas e empresas na mira da Unidade de Grandes Contribuintes (UGC) subiu 34,3% em 2019 para 4.523, face aos 3.367 seguidos em 2018.
O número de pessoas e empresas sob o radar da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) aumentou 34,3% em 2019, e passou dos 3.367 para os 4.523. Os números são avançados pelo Jornal de Negócios e ainda são provisórios.
Estes números revelam um crescimento considerável desde 2018. Ainda assim, não têm comparação com o salto que se verificou de 2017 para 2018, quando o número de grandes contribuintes na mira da UGC passou de 417 para 3.367.
Já em dezembro, António Mendonça Mendes, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, explicou que este crescimento dever-se-á à entrada em vigor da troca automática de informações com outros países que, entre outras coisas, permite o reporte de saldos de residentes com contas em bancos estrangeiros e de não residentes com contas em Portugal e o cadastro individual de “contribuintes de grande capacidade”.
Desta lista da UGC fazem parte as pessoas singulares com rendimento superior a 750 mil euros ou património acima dos 5 milhões de euros, e também as que, declarando rendimentos inferiores, exibam manifestações de fortuna que os aproximem desses valores. Cônjuges ou unidos de facto com “super ricos” que integrem a lista estarão também sob o radar do Fisco.
Em relação às empresas, são acompanhadas todas as entidades que exercem atividades sob a supervisão do Banco de Portugal ou da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.
Os números revelados pelo Ministério das Finanças ao matutino dão conta de que, em 2019, foram acompanhados 1.617 “super ricos”, em comparação com os 758 que tinham sido acompanhados no ano anterior.
O número de empresas monitorizadas também cresceu: foram 2.906 empresas em 2019 e tinham sido 2.608 em 2018..