17 drones russos atingiram vários edifícios de Izmail,uma das principais rotas de saída dos produtos agrícolas ucranianos. Após ataque junto à fronteira com a Roménia, Bucareste desmente Kiev sobre a queda de drones explosivos no seu território. Londres alerta para ataques informáticos contra telefones.
As forças ucranianas abateram 17 drones russos no sul da região de Odessa, na Ucrânia, num ataque que danificou vários edifícios no distrito da cidade portuária de Izmail, anunciou esta segunda-feira o governador local.
“Dezassete drones foram abatidos pelas nossas forças de defesa aérea”, disse Oleg Kiper, admitindo que outras aeronaves não tripuladas russas conseguiram alcançar os objetivos.
“Em várias localidades do distrito de Izmail, armazéns e edifícios de produção, máquinas agrícolas e equipamentos de empresas industriais foram danificados“, explicou o governador, na plataforma de mensagens Telegram.
“Deflagraram vários incêndios [em infraestruturas civis] no território devido à queda de destroços” após os drones terem sido abatidos, acrescentou Kiper, especificando que as chamas foram posteriormente extintas.
The Russian Ministry of Defense reported an attack on fuel storage facilities used to supply military equipment of the Armed Forces of Ukraine in the port of Reni, Odessa region.
https://t.co/Az9A7OCunh pic.twitter.com/4IUC5hPvX7
— Victor vicktop55 (@vicktop55) September 3, 2023
O governador disse que o ataque, que durou três horas e meia e não causou vítimas mortais ou feridos, foi lançado com recurso a drones kamikaze Shahed, fabricados pelo Irão.
O Comando Operacional para o Sul da Ucrânia do exército, por seu lado, descreveu um “grande ataque noturno” realizado com recurso a drones contra “infraestruturas civis na área do [rio] Danúbio”.
The consequences of a drone attack on port and port infrastructure in the Odessa region of Ukraine last night.
Two casualties are reported. pic.twitter.com/pE0dFnofhd
— Sprinter (@Sprinter99800) September 3, 2023
Durante a noite de sábado para domingo, 25 drones russos atacaram instalações industriais no Danúbio, deixando dois feridos, informou o Ministério Público da Ucrânia.
Russia Sends 25 Iranian Shahed Drones to Odessa; Infrared attack on the Danube port in more than three hours of lightning pic.twitter.com/ihfwizrmOo
— Peacemaker (@peacemaket71) September 4, 2023
O Ministério da Defesa russo, por sua vez, afirmou ter realizado um ataque com estes dispositivos contra o porto de Reni, também na região de Odessa, junto à fronteira com a Roménia, um país membro da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte). O ataque visou “depósitos de combustível utilizados para reabastecer o equipamento militar do exército ucraniano no porto de Reni”, afirmou o ministério.
O porto fluvial de Izmail tornou-se uma das principais rotas de saída dos produtos agrícolas ucranianos desde que Moscovo abandonou o acordo de exportação de cereais em Julho.
O ataque acontece horas antes do encontro entre o presidente russo Vladimir Putin com o presidente turco, Tayyip Erdogan, que procura ressuscitar o acordo de exportação de cereais do mar Negro, para ajudar a aliviar a crise de alimentos global.
Bucareste desmente Kiev
As autoridades de Kiev afirmaram esta segunda-feira que drones russos carregados de explosivos se despenharam durante a noite na Roménia, numa nova vaga de ataques contra o sul da Ucrânia.
“De acordo com informações dos guardas fronteiriços ucranianos, durante um ataque da Rússia contra a zona do porto (ucraniano) de Izmail, os ‘Shahed’ (drones ou aeronaves não tripuladas) russos caíram e explodiram em território romeno na noite passada (domingo)”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, através da rede social Facebook.
Por sua vez, a Roménia, país vizinho da Ucrânia e membro da NATO, negou “categoricamente” esta segunda-feira as alegações de Kiev de que drones explosivos russos teriam caído em território romeno durante a noite de domingo.
O Ministério da Defesa está a “acompanhar a situação em tempo real” e “em momento algum” os ataques russos a infraestruturas no Danúbio, perto da sua fronteira, “geraram qualquer ameaça militar direta ao território ou às águas territoriais da Roménia”, de acordo com um comunicado oficial de Bucareste.
Londres alerta sobre ataque informático russo
Os serviços de informações britânicos alertaram esta segunda-feira sobre intrusões nos telemóveis utilizados pelo exército da Ucrânia envolvido numa contraofensiva face à invasão da Rússia.
De acordo com os serviços de informações do Reino Unido, em comunicado do Ministério da Defesa, a Rússia está a tentar obter “informação militar sensível” das Forças Armadas da Ucrânia através de ataques informáticos contra telefones móveis utilizados pelos militares ucranianos.
O relatório britânico cita as conclusões do National Cyber Security Centre (NCSC), do Reino Unido, além de “outros parceiros internacionais”, que na quinta-feira deram conta de uma “campanha de ‘malware’ (ataque informático) contra os dispositivos móveis utilizados pelo Exército ucraniano”.
De acordo com as mesmas fontes, o programa usado no suposto ataque informático russo foi identificado como “Infamous Chisel”, que já foi utilizado pelo grupo de “piratas informáticos” Sandworm.
Anteriormente, o NCSC, organismo britânico de segurança informática, já atribuiu ligações do grupo Sandworm ao Centro de Tecnologia Especial do Gabinete Central de Informações do Estado Maior do Exército da Rússia.
O “Infamous Chisel” é um programa que permite acesso permanente para filtrar e obter dados de aparelhos Android.
O mesmo programa também é supostamente usado “contra aplicações informáticas do Exército ucraniano”, indica o mesmo comunicado difundido hoje pelo Ministério da Defesa britânico através da rede social X.
“Estas atividades demonstram o uso continuado por parte da Rússia de capacidades cibernéticas para apoiar a invasão militar da Ucrânia“, refere o mesmo documento britânico.
ZAP // Lusa
Corrijam o subtítulo da notícia. Não é Budapeste, é Bucareste! O que aliás está explícito no texto!
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Kiev mentiu? Como se isso não acontecesse 100% das vezes…
Pode até mentir algumas vezes, que nunca serão tantas vezes como a rússia mentiu, mente e mentirá.
Independentemente de ser esse o caso agora, caramba, o agredido não pode eventualmente mentir por uma ou outra vez?? Quando lhes chovem bombas, mísseis, drones, etc, a toda a hora e há mais de um ano, numa guerra por demais evidente iniciada pelo agressor russo, acha sensato criticar por que eventualmente mentem uma ou outra vez? Será mesmo esse o problema desta guerra, quando a Ucrãnia diz que os drones cairam em território Romeno?? Já se confunde tudo… agressor com agredido.
Nuno Cardoso da Silva, a mentir a Russia ganha!
O Nuno devia ir medindo a temperatura
Nuno Cardoso da Silva = Russete
Ainda não te mudaste para Moscovo? Estás à espera de quê? O tio Putin oferece-te o passaporte e cidadania russa, basta ires passar umas férias de 6 meses na frente, hehehe.