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Graça Freitas de regresso após três semanas de isolamento (e deixa um último apelo antes do Natal)

Tiago Petinga / Lusa

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, está de volta ao trabalho e às conferências de imprensa, depois de 20 dias em isolamento. Esta terça-feira, deixou um último apelo para o Natal e disse que vai aguardar pela sua vez para tomar a vacina.

No seu regresso, Graça Freitas aproveitou para deixar um último apelo aos portugueses antes do Natal: o apelo foi para que estejam juntas “o mínimo de pessoas” possível e que se cumpram as regras de higienização e distanciamento.

Afetos devem ser transmitidos, mantendo a distância física“, referiu a diretora-geral da Saúde. “Nesta época festiva, que o convívio seja entre co-habitantes ou núcleos familiares diferentes terá grande relevo”, sublinhou, citada pelo Público.

Apesar do aviso, Graça Freitas recusou definir um número máximo de pessoas. “O Governo não deu indicação do número de pessoas [que se podem juntar], mas o que damos é a indicação que, independentemente desse número, deve ser restrito ao núcleo mais chegado de amizade ou família”.

As regras devem ser mantidas: “sala arejada, superfícies limpas, distância física, manter a máscara colocada quando não estiverem a comer ou beber, higienizar frequentemente as mãos e não devem partilhar objetos”, elencou.

Em relação ao seu contágio, Graça Freitas disse ter sido uma “privilegiada, por tido conhecimento a tempo” da possibilidade de estar infetada. Assim que soube, isolou-se e impediu a transmissão da doença. “Felizmente, não transmiti a doença a ninguém“. A responsável teve apenas sintomas ligeiros, “prostração ligeira e tosse”.

Na mesma conferência de imprensa, a responsável disse ainda que irá esperar tranquilamente pela sua vez para tomar a vacina contra a covid-19. De qualquer forma, quando chegar a sua vez, terá “todo o gosto em ser vacinada”, mas não para já, uma vez que não faz parte dos profissionais de saúde que serão vacinados na primeira fase, nem está em nenhum dos grupos de risco.

Quanto ao facto de apenas 50% a 60% dos portugueses quererem ser vacinados mal seja possível, Graça Freitas lembrou que “é uma situação que se coloca a nível mundial e que os países têm de ir estudando, monitorizando a perceção que as pessoas têm do valor da vacina”.

“À medida que as vacinas vão sendo dadas e que as pessoas percebem a sua segurança e eficácia, o número [dos que querem tomá-las] tende a subir. E Portugal é um dos países que tem, desde sempre, uma elevadíssima confiança na vacinação“, frisou.

A diretora-geral da Saúde apelou à confiança na vacina. “Temos de aproveitar esta oportunidade de controlar o vírus e melhorar as nossas vidas. É com essa esperança que vos desejo a todos um Natal feliz e com saúde.”

Liliana Malainho, ZAP //

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