Governo volta à carga: Demitidas mais duas administrações de ULS

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SNS

Hospital de Santo André, Leiria

Depois da Lezíria, os conselhos de administração das ULS da Região de Leiria e Alto Alentejo também foram demitidos. O Governo já soma quase uma dezena de demissões das administrações hospitalares, desde abril.

Dois dias, três demissões. Depois de na sexta-feira, se ter tornado público que o Governo demitiu o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria, este sábado chegou a confirmação das demissões no Alto Alentejo e Leiria.

Sabia-se já que, na sexta-feira, o Governo esteve reunido, em Lisboa, com dirigentes de conselhos de administração. Mas não se sabia que seriam para ser demitidos.

A demissão do conselho de administração da ULS do Alto Alentejo foi noticiada, na sexta-feira, pela SIC Noticias que avançou que o presidente Joaquim Araújo será substituído por Miguel Lopes, secretário-geral da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

Mas foi a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, este sábado que confirmou à Lusa que a demissão do conselho de administração da ULS do Alto Alentejo já se tinha efetivado.

“Já se efetivou [e] vai ter mesmo efeitos práticos nos primeiros dias do [próximo] ano. Já foi dado nota ao anterior conselho de administração que vai ser afastado e já foi nomeado um novo conselho de administração”, afirmou.

A autarca disse ter sido informada, na sexta-feira, de que o atual conselho de administração da ULS do Alto Alentejo “iria ser afastado” e que seria “nomeado um novo conselho de administração, presidido por Miguel Lopes, atual secretário – geral da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares”.

Durante a tarde de sábado, soube-se também que o conselho de Administração da ULS da Região de Leiria, presidido por Licínio de Carvalho, foi demitido pelo Ministério da Saúde.

O novo Conselho de Administração, cujos nomes não foram divulgados, está em condições de iniciar funções já na próxima semana.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde fez saber que “procedeu a mudanças em alguns conselhos de administração de ULS de acordo com novas estratégias e abordagens de gestão”.

Continua a onda de demissões de administrações hospitalares, levadas pelo Governo da AD. Já são nove desde abril.

Numa nota enviada à Antena 1, a direção-executiva do Serviço Nacional de Saúde, liderada por António Gandra D’Almeida refere que estas demissões de explicam por “novas estratégias e abordagens de gestão”.

Em declarações ao ao jornal Público, a presidente do conselho de administração, Tatiana Silvestre, contou que pediu explicações à ministra Ana Paula Martins e a António Gandra d’Almeida.

No entanto, “não foi apresentada propriamente uma razão. Basicamente disseram que pretendiam uma gestão com um perfil diferente”.

A administração tinha pedido que fossem esclarecidas as razões para este despedimento, uma vez que a unidade apresentou “bons resultados, quer ao nível da acessibilidade e da integração de cuidados de saúde, quer do ponto de vista financeiro”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. As ULS foram criadas pelo Araújo do PS. Logicamente, foram todas preenchidas com chefes médicos afetos ao PS. Da mesma forma entendo correto que todos os chefes das ULS passem agora a ser da cor do governo, sobretudo por uma questão de confiança política.

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