Governo demite administração da ULS da Lezíria “sem apresentar uma razão”

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Threeohsix / Wikimedia

Hospital de Santarém, Unidade Local de Saúde da Lezíria

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Lezíria foi demitido pela ministra da saúde e pelo diretor executivo do SNS. Não terá sido apresentada “propriamente uma razão” para a demissão.

O Governo demitiu a administração da ULS da Lezíria – que abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.

A informação foi avançada pela própria estrutura dirigente, esta sexta-feira, num comunicado publicado no portal do ministério.

“Por decisão do Ministério da Saúde, a nossa jornada como Conselho de Administração da ULS da Lezíria chega agora ao fim”, informaram os elementos do conselho de administração, Tatiana Silvestre, Ana Rita Paulos, João Soares Ferreira, João Formiga e Sérgio Domingos.

Os cinco recordam o trabalho que desenvolveram desde fevereiro deste ano, construindo a ULS Lezíria, uma entidade que uniu o Hospital Distrital de Santarém e o ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) Lezíria, “consolidando um modelo de proximidade e integração ao serviço” das comunidades.

“Desde fevereiro deste ano, tivemos o privilégio de construir algo que ficará gravado na história da nossa região: a criação da ULS Lezíria, uma entidade que uniu o Hospital Distrital de Santarém e o ACES Lezíria, consolidando um modelo de proximidade e integração ao serviço das nossas comunidades”, lê-se.

A presidente do conselho de administração, Tatiana Silvestre, contou ao jornal Público que pediu explicações à ministra Ana Paula Martins e ao diretor executivo do SNS António Gandra d’Almeida.

Os cinco pediram que fossem esclarecidas as razões para este despedimento, uma vez que a unidade apresentou “bons resultados, quer ao nível da acessibilidade e da integração de cuidados de saúde, quer do ponto de vista financeiro”.

No entanto, “não foi apresentada propriamente uma razão. Basicamente disseram que pretendiam uma gestão com um perfil diferente”.

Os administradores serão demitidos sem direito a indemnização, uma vez que ainda não tinham completado um ano de mandato.

“O trabalho desenvolvido ao longo deste ano foi pautado pela união de esforços, pela partilha de ideias e pela superação de desafios que só foram possíveis através do espírito de equipa que caracterizou este Conselho de Administração (…) Juntos, demos passos significativos na melhoria da acessibilidade, da qualidade dos cuidados prestados e na eficiência dos nossos serviços“, destacam no comunicado.

“Saímos com a certeza de que a ULS Lezíria continuará a prosperar, alicerçada nos valores que partilhamos e na missão de cuidar de quem mais precisa. Desejamos a todos os que permanecem e aos que virão a maior força e sucesso”, finaliza a administração cessante.

De acordo com o Público, esta sexta-feira, outros dirigentes de conselhos de administração terão sido igualmente chamados a Lisboa, mas não se sabe ainda se também foram demitidos.

Esta é mais uma das demissões que o Governo da AD – em funções desde abril – tem levado a cabo nos últimos meses.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Razão???!!!!
    É lá necessário divulgar a razão….
    Nem necessário, nem conveniente.
    Cada um, se da inteligência faz uso, que trate de se esclarecer…

    • Comentario de catraio que não sabe o que diz.
      Espero que a vida lhe permita aprender a diferença entre pagar impostos para o acesso ao publico ou, além dos impostos, pagar com língua de palmo as incompetências do privado onde, se não tiver dinheiro, nem sequer entra, e morre à porta do hospital.

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