Fonte do gabinete de Paulo Rangel disse não estar prevista qualquer reação ao incidente desta sexta-feira que colocou dois repórteres da RTP sob fogo israelita à entrada de Jenin, na Cisjordânia. Eram “disparos diretos, não de intimidação”.
Uma equipa de enviados especiais da RTP foi na passada sexta-feira alvo de fogo na Cisjordânia por parte das forças israelitas.
Tudo aconteceu num carro de reportagem alugado, mas devidamente identificado como de imprensa. Nele seguiam o jornalista Paulo Jerónimo e o repórter de imagem João Oliveira. À entrada de Jenin, os funcionários da empresa pública portuguesa foram recebidos a tiro, sem aviso.
“Não há qualquer tipo de postura que permita estabelecer o diálogo. Jenin é uma cidade sitiada”, conta o jornalista Paulo Jerónimo. “Quem está dentro do perímetro da cidade pode permanecer, quem está fora é imediatamente afastado e de uma forma violenta, com disparos diretos para pôr as pessoas dali para fora”, explicou no sábado, em direto de Telavive.
Por essa altura, os repórteres tiveram de fugir, voltando para trás sem realizar a reportagem em Jenin, onde a situação é cada vez mais dramática. Eram “disparos diretos, não são sequer de intimidação”, adiantou Paulo Jerónimo.
As forças israelitas disparam contra “tudo o que mexe”, explica um homem entrevistado pela RTP após o incidente. “Vi-os disparar contra o vosso carro. Disparam contra toda a gente, contra tudo o que mexe. São muito violentos”, disse o sujeito, que não quis ser identificado.
Governo em silêncio
Apesar de ter entrado em contacto com a representação de Portugal em Ramallah, de forma a garantir que os repórteres portugueses estavam bem após o incidente, o Ministro dos Negócios Estrangeiros não condenou o ataque que deixou o carro da RTP debaixo de fogo.
Fonte do gabinete de Paulo Rangel disse não estar prevista qualquer reação ao incidente, segundo a revista Visão.
Rangel, que na semana passada admitiu a possibilidade de aplicar sanções contra ministros israelitas — se houver consenso europeu para tal — afirmava em meados de maio que “seria muito injusto” dizer que Israel quer eliminar o povo palestiniano, recusando classificar de genocídio o que está a acontecer em Gaza, realçando, no entanto, a existência de uma catástrofe humanitária.
Portugal tem “arrastado” uma resolução para o reconhecimento da Palestina como um Estado. Em maio deste ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dizia que “quando for adequado, será adequado”, mas entende, “como um todo”, que este ainda “não é o momento adequado”. Horas mais tarde, o primeiro-ministro Luís Montenegro concordava, reiterando a defesa de uma “solução política de dois estados”.
Guerra em Israel
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Paulo Rangel é o que é , um cobardolas, às ordens de outro cobardolas, Luís Montenegro.
Claro que não irão confrontar as ações dos fariseus, pois eles podem tudo, matam, bombardeiam, escalpelam (mas tudo porque são coitadinhos e como sempre, foram primeiramente atacados ou provocados e sendo o povo mais melindroso do mundo, “podem se defender”). Isto já está ficando maçante de se ver, pois repetidamente recorrem a esse subterfúgio.
Subscrevo o Marcos. Vergonha o nosso governo. Cobardes.
Que pena !! pensava que o Monte de m…das lá fosse , num bote com colete e um segurança tirando fotos
En Terra Santa , são todos uns Santos . Porém , citando J.C , convido-vos a ler o versículo 10-34:39 do Evangelho de Mateus ! ….Ámen !
Esta atitude hipócrita e cobarde dos governantes Portugueses de antes e de agora e dos demais governantes Europeus, empenhados em ser politicamente correctos, realmente dá vómitos. Ao governo sionista de Israel há que condena-lo.
Não se podem aplicar critérios distintos, segundo donde soprem os ventos.
Quem nunca esteve em combate não percebe nada disto… Se a equipa estava autorizada, deveria estar a ser escoltada… Pela notícia dá a ideia que não! Foram à sorte? Corre mal se assim foi!