Governo já reservou 700 mil vacinas para crianças (mesmo antes de a DGS decidir se serão vacinadas)

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A Agência Europeia do Medicamento deu luz verde à vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos, mas a Direcção-Geral da Saúde (DGS) só vai decidir se Portugal avança nesse sentido na próxima semana. Apesar disso, o Governo já encomendou 700 mil doses da vacina à Pfizer.

O anúncio da reserva das vacinas foi feito pelo próprio primeiro-ministro António Costa após a reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira.

Assim, a primeira remessa, de 300 mil doses, deverá chegar a Portugal a 20 de Dezembro e a segunda, de 462 mil doses, é esperada em Janeiro, conforme adiantam o Jornal de Notícias (JN) e o Público.

Mas a Comissão Técnica de Vacinação (CTV) da Direcção-Geral da Saúde (DGS) só vai decidir se a vacinação de crianças avança, ou não, em Portugal, na próxima semana.

“Se vier a ser essa a decisão da CTV, temos as condições necessárias para proceder à vacinação” das 637.907 crianças elegíveis, garantiu António Costa após a reunião do Conselho de Ministros que decidiu novas medidas contra a pandemia de covid-19.

A vacina da Pfizer é a única aprovada, até agora, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) para esta faixa etária dos 5 aos 11 anos. Trata-se de uma versão com uma dosagem três vezes inferior à das vacinas inoculadas nos maiores de 12 anos.

A EMA está certa de que os benefícios da vacinação superam os riscos com base num ensaio clínico com cerca de duas mil crianças que concluiu que a vacina é 90,7% eficaz na prevenção de sintomas de doença associados à covid-19.

Além disso, a EMA nota que os efeitos secundários são moderados e incluem sintomas como dor e inchaço no local da injecção, cansaço, dor de cabeça, vermelhidão, dores musculares e calafrios.

Especialistas pedem “cuidado”

Apesar da posição da EMA, há muitos especialistas divididos. A Sociedade de Pediatria já tomou posição em favor da vacinação, mas a Ordem dos Enfermeiros já veio manifestar-se contra a vacinação destas crianças, por exemplo.

Mas entre os próprios elementos da CTV da DGS não há consenso. O epidemiologista Manuel Carmo Gomes é um dos peritos que integra o painel que toma as decisões e pede cautela.

“Isto tem que ser visto com cuidado. Não se pode avançar sem fazer esforço de recolher informação, é necessário avançar de acordo com as boas práticas“, destaca o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em declarações ao Público.

Carmo Gomes também defende que “é mais relevante proteger os que podem ser hospitalizados“, ou seja, os mais velhos e pessoas com determinadas doenças.

Madeira começa a vacinar crianças já em Dezembro

O Governo Regional da Madeira já decidiu avançar com a vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, mesmo sem a decisão da DGS.

O secretário regional da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, revela ao Público que “toda a operação logística está a já a ser montada“, “desde a criação de espaços dedicados para as crianças nos centros de vacinação, à escolha das equipas que vão acompanhar o processo”.

A ideia é começar as vacinar os menores logo que as primeiras vacinas cheguem, portanto, logo depois de 20 de Dezembro.

ZAP //

7 Comments

  1. Creio que teremos de ser pais muito pusilânimes e bacocos para deixar que administrem isto às nossas crianças.

    Está mais que provado que a vacina não diminui a probabilidade de o portador transmitir o vírus e que nem sequer elimina a possibilidade de o não apanhar. O que sabemos é que os efeitos para quem tem a vacina são menores e até imperceptíveis sendo que assim nos tornamos em transmissores assintomáticos (os mais perigosos).

    Estar, portanto, a administrar isto a uma faixa etária que tem uma taxa de complicação devida ao vírus de cerca de 0.01% é como estar a dizer-lhes para irem de capacete para a escola porque podem ser atingidos por um pedaço de um satélite que reentre na atmosfera. Possível mas tão improvável como eu ganhar o euromilhões até porque não jogo.

    É estar a sujeita-los à maior experiência jamais feita com a espécie humana (sim, a vacina é experimental e altamente inefectiva) para os proteger de uma coisa para a qual eles não precisam de protecção. A quem quiser comparar este tipo de vacina com uma vacina estabelecida há décadas e com efeitos positivos comprovados: TENHAM NOÇÃO E ABSTENHAM-SE DE COMENTAR.

    Ter um governo que papagueie isto como uma coisa boa dá-me vergonha. Vergonha de ter um governo assim e concidadãos que não saibam ver a diferença entre um pau-mandado e um líder (que é coisa que não temos cá pelo burgo).

    • Mais palavra, menos palavra, era exatamente o que pensava escrever !!!

      Infelizmente ainda há pouca gente a juntar os pontos e a pensar pela sua cabeça com medo de ser chamado de negacionista.

  2. Seguir a ciência ou “ditar” uma ciência?
    Essa é a questão

    A mesma ciência que via conta oficial do WHO em Dez 2019 dizem que tinham estudado o vírus covid e que este não era transmissível entre humanos, e o governo seguiu com o slogan “Vamos abraçar um chinês”

    Parece plot de um flme… mas é verdade.

  3. mas quais benefícios?!?!?!? se a própria DGS, EMA, e todas as estatíscticas mostram que os casos graves são quases nulos? e os poucos (que se contam pelas dezenas) que há são associados com outras doenças? e serve para quê? orara prevenir sintomas, que nas crianças quase nunca existem, e se existem são ligeiros? mas os meus putos agora são cobaias do estado? isto agora é ditadura à URSS?

    • O pior vai ser quando ele passar a exigir os certificados para os miúdos frequentarem a escola.
      A vacina não é obrigatória, mas vais ter de dar aos miúdos para que possam ter aulas, e como és obrigado(a) a dar-lhes estudos, ou os vacinas ou pagas por educação em casa.

      … ainda bem que não dei baixa da residência em Espanha, porque aos meus não lhes dão, nem que se fo…

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