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Comandante da Proteção Civil demite-se. Governo pediu abertura de inquérito à licenciatura

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Autoridade Nacional de Protecção Civil / Facebook

Comandante Nacional da Protecção Civil, Rui Esteves (ao centro).

O comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil pediu a demissão esta quinta-feira, depois de uma série de polémicas nos últimos dias.

Segundo a RTP, Rui Esteves pediu hoje a demissão, que já foi aceite pelo secretário de Estado da Administração Interna e que produzirá efeitos a partir da meia-noite. Será substituído pelo comandante Albino Tavares, avança o canal público.

A demissão acontece na sequência do pedido feito esta tarde pelo ministro do Ensino Superior e pelo presidente do Politécnico de Castelo Branco à Inspeção-Geral de Educação e Ciência para abrir um inquérito à licenciatura do comandante.

A licenciatura em Proteção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi concluída com 32 equivalências num total de 36 unidades curriculares que compõem o curso, segundo avançou hoje o jornal Público e a RTP.

De acordo com a informação, as equivalências tiveram por base experiência profissional e cursos de formação.

O jornal repara que Rui Esteves “não frequentou a maioria das aulas da licenciatura”, nem “foi avaliado por exame em 90% das unidades curriculares do curso”.

“O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tomou hoje conhecimento deste assunto pelo presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que informou o ministro que tinha enviado o assunto para a Inspeção Geral da Educação e Ciência”, refere um esclarecimento enviado à Lusa pelo Ministério.

“O ministro também reforçou o pedido junto da Inspeção”, acrescentou a mesma fonte.

Rui Esteves foi nomeado Comandante Nacional Operacional da Proteção Civil em janeiro deste ano, no âmbito de uma remodelação levada a cabo pelo Governo na estrutura hierárquica da Proteção Civil.

A situação gerou polémica, tanto mais depois do trágico incêndio de Pedrógão Grande, porque levou a uma substituição de metade do comando da Protecção Civil em cima da época de incêndios.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Concordo.Este andou na mesma “universidade” do Relvas.E coitado foi preciso arranjar este pretexto para obrigar a demitir mais um “boy” do Costa.
    Já lá vão uns poucos.
    Não haverá gente séria e competente conhecida do Costa?Será que só conhece destes “artistas”?

  2. Quem deveria estar também a ser auditado era o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Este instituto deveria ter o seu alvará para exercer caçado de imediato.

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