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Governo já nomeou quase 1.000 pessoas em 100 dias

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partidosocialista / Flickr

O primeiro-Ministro António Costa

O Primeiro-ministro António Costa

Em três meses de funções, o Governo de António Costa já fez quase mil nomeações, a maioria para gabinetes ministeriais. O Ministério da Defesa é o que mais funcionários nomeou.

Em novembro, no dia em que António Costa foi chamado por Cavaco Silva a formar equipa, a coligação PSD/CDS anunciou a nomeação de 100 pessoas em Diário da República. Estas, devido à chegada ao poder do novo Executivo, nunca se chegaram a concretizar.

Agora, de acordo com as contas do jornal i com base em todos os despachos publicados em Diário da República (DR) até à última sexta-feira, o Executivo de António Costa tinha feito 994 nomeações em 100 dias de Governo. Em média, são quase 10 nomeações por dia.

A maioria das nomeações, 859, foram para gabinetes ministeriais: 178 adjuntos, 177 assessores e consultores, 190 administrativos e auxiliares, 127 secretárias e 127 motoristas.

Azeredo Lopes, ministro da Defesa, lidera a lista de tutelas com mais nomeações feitas e publicadas até agora, num total de 32, seguido do ministro das Finanças, Mário Centeno, com 27, e dos gabinetes do Primeiro-ministro e do ministro da Economia, ambos com 26 nomeações.

Em três meses, o Executivo socialista já nomeou mais gente do que o Governo de Passos Coelho em sete meses (750 nomeações), mas a situação não é diretamente comparável: este Governo tem 60 membros, quando o anterior tinha apenas 48 naquele período.

Contudo, com base nestes números dos gabinetes dos Ministérios, de acordo com o i, o Governo de António Costa prepara-se para ser o quarto maior de sempre, só ultrapassado pelo de Durão Barroso e os dois de José Sócrates em períodos semelhantes.

Em cerca de três meses, o Executivo de Sócrates já tinha feito 866 nomeações no seu primeiro governo, e 997 no segundo. Durão Barroso, ao fim de cinco meses, tinha publicado 866 nomeações. Já os gabinetes ministeriais de Santana Lopes tinham efetuado 846 nomeações em dois meses e meio.

No que diz respeito às 135 nomeações para cargos de direção da administração pública, 27 foram em regime de substituição, sem concurso, e muitas das outras nomeações ocorridas resultam de concursos lançados ainda pelo Executivo PSD/CDS-PP.

Neste caso, não é possível fazer comparações com outros governos pois as regras mudaram durante o Governo de Passos Coelho com a criação da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP). Além disso, algumas das novas nomeações provêm de concursos lançados ainda pelo anterior Governo.

De acordo com o i, esta é a principal razão pela qual as despesas dos gabinetes do Executivo de António Costa subiram para 58,2 milhões de euros este ano, mais 6,7 milhões de que em 2015.

O jornal i alerta que este número pode pecar por defeito, já que existem gabinetes cujas nomeações para adjuntos, assessores, administrativos e outros cargos ainda não foram publicadas em Diário da República, como é exemplo o caso do novo diretor do CCB Elísio Summavielle, assim como para cargos da administração pública.

ZAP

11 Comments

  1. Somos um país rico e sem problemas, que mal tem em arranjar uns taxitos a mais para os amigos?…
    Estão todos preocupados sem razão… Quando isto voltar a descambar, chama-se a Troika, fazemos mais uns sacrificiozinhos e lá voltam os xuxas a fazer asneiras com o aval e pela mão deste povo maioritariamente ignorante.

  2. São os jobs para os boys. À média de dez por dia. Para que é que eles querem o poleiro? Não é para arranjar taxos para os amigos? Porque é que o chamuça tudo fez para ir para o poleiro com a ajuda da esquerdalhada (caviar)?? Eles estavam torradinhos por um job. E tenho a certeza que não vão ganhar o salário mínimo nacional. É tudo da ordem os 5000 euros mês, penso eu de que…!!

  3. Cá está… Menos 1000 desempregados em Portugal! Assim sim em breve não vai haver desempregados!
    Será… que estes já tinham um emprego e agora vão ter outro ou um melhor…
    Será que estão a chamar portugueses que estavam desempregados e que até muitos deles são igual ou mais qualificados que muito políticos?
    Hora 1000 x 5000€/mês=5000000€/mês em ordenados para estes senhores ao fim de um ano são 70 milhões de euros ao fim dos 4 anos de governo Costa-Concórdia são 280 milhões de euros!
    Lá esta um pais mais rico… com menos desempregados e com ordenados melhores… vamos ser a nova Suiça!

  4. Alguns jornalistas agora tentam atiçar o povo contra todas as decisões deste governo , esquecem que nos últimos quatro anos não divulgaram as centenas de novos empregos criados de propósito para os amigos e a destruição de 444.000 empregos entre 2011 e 2014. Todos sabemos que os Ministérios não funcionam sem funcionários e que os novos governos têm a preocupação de substituir os principais funcionários pelos da sua confiança .

  5. Aquilo que era condenável há alguns meses atrás agora já é normal e prática corrente e veja-se como alguns comentadores agora até já acham normal, é evidente que quando mudar-mos de governo voltamos à mesma história mas a esquerdalha da troika governativa sempre tão activa a criticar mantém-se agora bem caladinha.

  6. Terei sido o unico a ler bem?
    A maioria da chulagem nomeada vem de concursos, já a decorrer, do tempo do Passos Coelho.
    E o nabo sou eu??????
    Eh,eh,eh,eh,eh

  7. Quem paga? O ze povinho como sempre. Tb penso que quem governa tem que governar com pessoas da sua confiança mas com estas nomeações todas chego a conclusão que estamos a ser governados por uma cambada de incompetentes. Depois admiram-se da abstenção

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