O partido ultra-ortodoxo Judaísmo Unido era um dos principais parceiros de Benjamin Netanyahu; mas deixou a coligação.
O Governo de Israel volta a “tremer”. Nesta terça-feira o Judaísmo Unido, partido ultra-ortodoxo, anunciou que deixa a coligação governamental.
O partido era um dos principais parceiros do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Mas não concorda com um projeto de lei sobre as isenções de recrutamento militar para ultra-ortodoxos.
Essas isenções – para os ultra-ortodoxos, que são a base eleitoral do partido – eram amplas até aqui; muitos jovens estudam textos judaicos em vez de se alistarem nas forças armadas.
Até aqui, dezenas de milhares de judeus ultra-ortodoxos não iam ao serviço militar obrigatório e ficavam a estudar textos religiosos, lembra o Euronews.
Os deputados do Judaísmo Unido queriam que o Governo garantisse o estatuto dos estudantes judeus dos seminários, mas alega que isso não está garantido.
E queriam que fosse aprovada uma lei que formalize as isenções do serviço militar para os seus eleitores (isto numa fase em que a guerra aumenta a necessidade de militares no ativo).
Desde o ano passado, o Supremo Tribunal de Israel definiu que os militares devem começar a recrutar homens ultra-ortodoxos para o serviço obrigatório.
O Judaísmo Unido tinha sete deputados. A sua saída não derruba a coligação, mas o Shas, a terceira maior força política e o maior partido ultra-ortodoxo, pode sair a seguir. E essa saída sim (de 11 deputados), acabaria com a maioria do primeiro-ministro.
O Parlamento está agora mais dependente dos dois partidos de extrema-direita que compõem a coligação: Likud (de Netanyahu) e Yesh Atid.
Ai que pena tenho eu desses Fariseus….