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Governo não vai avançar com imposto sobre lucros “caídos do céu” das empresas

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António Cotrim / LUSA

António Costa sorri durante debate

Ao que tudo indica, o Governo não vai avançar com um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas, ao contrário do que se tem feito noutros países.

O imposto sobre lucros inesperados — o chamado windfall tax — tem como objetivo taxar lucros resultantes de um ganho repentino para uma determinada empresa ou setor. Este lucro inesperado normalmente surge como resultado de um conflito geopolítico, guerra ou desastre natural que cria picos anormais na procura.

O Governo rejeitou avançar com um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas, apurou o Público. Esta é uma medida já adotada por outros países, como Espanha, Itália e Grécia.

Segundo dados da OCDE, citados pelo Financial Times, a inflação na energia em Portugal era de 31,18% em julho. Em Espanha era de 41,38%, em Itália era de 42,96% e na Grécia era de 50,7%.

Na segunda-feira, o Conselho de Ministros aprovará apenas medidas de apoio às famílias. A iniciativa fica aquém do “pacote de emergência” anunciado por António Costa em julho. As medidas de apoio às empresas vêm depois. Certo é que o imposto sobre lucros extraordinários não estará incluído.

Tanto o ministro da Economia, António Costa e Silva, como o presidente do PS, Carlos César, chegaram a defender a possibilidade de taxar este lucros “caídos do céu”. Na SIC Notícias, a antiga eurodeputada Ana Gomes também reiterou a necessidade de aplicar o imposto.

Em alternativa, o Governo quer dialogar com as empresas de forma a negociar reinvestimentos ou outras obrigações sociais, explica o Público. O Executivo de António Costa decidiu esperar e aguardar decisões europeias.

“A nossa situação não é totalmente comparável com a existência [desta taxa] em outros países. E isso deve ter tido em conta, porque a quem já paga mais uma sobretaxa e uma sobretaxa sobre a sobretaxa, se calhar já não é razoável exigir uma terceira sobretaxa. E, portanto, isso deve ser visto com atenção”, disse recentemente o primeiro-ministro português.

Daniel Costa, ZAP //

4 Comments

  1. Claro que não alguma vez vão taxar os amigos? E depois os tachos deles ficam comprometidos?

    Vota povinho vota no governo pay ass!!!

  2. não baixa os impostos que recebe a mais e vai taxar os lucros resultantes destas alterações?
    eles tem que se coerentes …
    vamos ver as novas medidas que vão sair 2.ª feira… com jeito muitas das medidas como a baixa de impostos só terá resultados em 2023 como é o caso dos escalões do IRS…
    Por exemplo alguém se lembra das medidas anunciadas com pompa e circunstancia do pré escolar gratuito para todos? agora vemos a realidade das coisas. só avança para as crianças nascidas depois de 2021 no público. no privado só em 2023. Será que desde o anuncio até agora não tiveram tempo de fazer as necessárias alterações legislativas? é isto a justiça social do governo?

  3. Ouvi a proposta do PSD, nada de novo, Era garantido não sabe mais, é tudo muito fácil para quem não sabe, não recria, não tem imaginação, para inteligência muito curtinha, não sabem recriar formas avançadas e modernas para superar as crises sem emagrecer o Estado, que é a mesma coisa que dizer sem emagrecer a condição de vida dos Portugueses, sem tirar a capacidade do estado poder melhorar a capacidade de assistência á saúde, ás famílias, ao ensino, a fazer face a crises que cada vez são mais que prováveis, em contra partida, no mesmo momento estava o António Costa, Sr. Primeiro Ministro a fazer aquilo que os dirigentes Políticos deveriam todos fazer, precisamente o contrario, criar condições para enriquecer o Estado, os Portugueses, com a possibilidade de fornecer á Europa Gás de Moçambique em Portugal, diferenças politicas mais relevantes e notáveis que a diferença entre a agua e o vinagre. Vá lá que escondeu as medidas mais gostosas e apreciáveis, as formas mais naturais do PSD superar as crises, Baixar salários, reduzir as ferias, reduzir os feriados, as Reformas, os Subsídios de ferias e Natal, e por aí fora, para o PSD é tudo muito fácil, e vai tudo no mesmo sentido, especialidade já do Partido, Baixa-se os Impostos, as Empresas aumentam aos Lucros, o Estado fica mais dependente, aumenta o poder do sistema de Saúde e Ensino Privado, e pronto, a inteligência não dá para mais.

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