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Governo está a especializar-se no “roubo por esticão”

José Sena Goulão / Wikimedia

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje, em Peniche, o Governo de estar a “especializar-se no roubo por esticão”, reagindo assim ao aumento da Compensação Extraordinária de Solidariedade e dos descontos para a ADSE.

“O Governo chama-lhe plano B, mas acho que o Governo está a especializar-se no roubo por esticão sobre os mesmos do costume, de quem trabalhou uma vida inteira”, declarou aos jornalistas Jerónimo de Sousa.

Para o líder comunista, o anúncio de medidas alternativas ao corte das pensões, chumbado pelo Tribunal Constitucional (TC), “é escandaloso quando ainda está fresca a decisão do Governo, juntamente com o PS, de baixar o IRC sobre os grandes lucros”.

“Esta política de desastre está a afundar o país e, nesse sentido, pensamos que não há nenhum plano B. Por este caminho, vai esgotar o abecedário todo com esta política desgraçada de ofender, de humilhar quem trabalha, deixando intocáveis os poderosos”, criticou.

Jerónimo de Sousa falava em Peniche, no final das comemorações dos 60 anos da fuga do histórico líder Álvaro Cunhal da cadeia política de Peniche, data que coincide com o encerramento das comemorações do centenário do seu nascimento.

O Governo anunciou na quinta-feira, depois de uma reunião do Conselho de Ministros, a intenção de alargar a aplicação da CES a mais pensionistas e agravar os descontos dos funcionários públicos para a ADSE, como forma de compensar o chumbo do Tribunal Constitucional à questão da convergência de pensões.

Atualmente, a Contribuição Extraordinária de Solidariedade aplica-se às pensões a partir de 1350 euros, com uma taxa de 3,5 por cento.

Os descontos para a ADSE são, desde agosto de 2013, de 2,25% e estava previsto que aumentassem para 2,5% a 01 de janeiro deste ano. Este aumento, somado aos das contribuições dos subsistemas dos militares e dos polícias, representa 132 milhões de euros, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2014.

/Lusa

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