Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social, admite que o Governo pode “equacionar um travão” ao aumento anual da idade da reforma”.
Em entrevista ao Público, a secretária de Estado da Segurança Social afirma que é inevitável que a idade da reforma acompanhe o aumento da esperança média de vida, mas admite que poderá ser preciso definir reequacionar o modelo atual.
“Se calhar temos de equacionar um travão ou uma idade a partir da qual é preciso reequacionar o modelo”, afirmou a governante.
No entanto, sublinha, o Governo está “a equacionar todos os cenários”. “Está tudo a ser equacionado e não queria adiantar muito mais porque poderia estar a induzir que estamos a caminhar mais num sentido do que noutro e, no final, a solução não ser essa”, ressalva a secretária de Estado.
A evolução da esperança média de vida tem ditado que a idade da aposentação aumente um mês por ano, estando atualmente nos 66 anos e três meses.
Questionada sobre a possibilidade de se pensar em voltar a colocar a idade legal da reforma nos 65 anos, Cláudia Joaquim afirma que “um retrocesso da idade legal aos 65 anos e voltar ao modelo como estava também tem consequências no sistema e não é um caminho fácil“, responde.
Esta sexta-feira, o Público nota que 15% dos pedidos para antecipar a reforma em 2016 foram cancelados depois de os trabalhadores conhecerem o valor da pensão.
Ou seja, dos 19 mil pedidos que deram entrada na Segurança Social em 2016 e que já foram analisados, 2.852 não fora concretizados porque os trabalhadores preferiram continuar a trabalhar depois de saberem o valor com que iriam ficar de reforma.
Cláudia Joaquim sublinha que “não podemos, em nenhum momento, assegurar que um modelo de pensões é sustentável eternamente”, uma vez que os pressupostos dessa análise podem mudar, mas que “o fundamental é acreditarmos que o caminho é um sistema público, que deve ser avaliado permanentemente e se tiver de ser ajustado deve sê-lo de forma preventiva.”
ZAP
É a política do zigue-zague… !
Ou atirar barro à parede para ver se pega !
Se a subida anual da idade da reforma, foi uma medida estudada e ponderada, a que se devem agora estas declarações ?!?!