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Governo adia exames nacionais para julho e setembro (e cancela duas provas de aferição)

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António Cotrim / Lusa

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou esta sexta-feira que os exames nacionais vão ser adiados para os meses de julho e setembro e que duas provas de aferição vão ser canceladas. 

Em entrevista à Renascença, Tiago Brandão Rodrigues disse que a interrupção obrigatória de duas semanas das atividades letivas obrigou à alteração do calendário escolar e, por sua vez, fez com que as datas dos exames nacionais fossem adiadas.

Assim, segundo o ministro da Educação, a primeira fase passa para julho – em vez de junho – e a segunda irá decorrer em setembro – e não em julho.

“Como no final do ano vamos ter mais uma semana de aulas, o calendário escolar andou todo para a frente e vamos ter uma primeira fase de exames a acontecer em julho, em vez de ser em junho, e uma segunda fase de exames a acontecer em setembro, em vez de acontecer em julho, como tradicionamente acontece”, disse Brandão Rodrigues.

Além do adiamento dos exames nacionais, o governante anunciou ainda que as provas de aferição de Educação Física e de Expressões Artísticas foram canceladas.

“As provas de aferição de Educação Física e de Expressões Artísticas (…) foi decidido não realizar neste momento, também porque se iriam realizar em maio – são as que se realizam mais próximo do momento onde estão – e também pela partilha de elementos e por todas as questões que conhecemos”, justificou o ministro da Educação.

Em relação às restantes disciplinas, Brandão Rodrigues disse que ainda é cedo para tomar decisões. “Por agora, o que fizemos foi uma transposição do horário”, disse, acrescentando que, “em momento oportuno, teremos de tomar decisões relativamente a isto”.

O ministro anunciou ainda que irão chegar mais 15 mil computadores na próxima semana às escolas portuguesas, depois de o Governo ter prometido entregar 335 mil computadores até ao fim do segundo período. A primeira encomenda de 100 mil computadores já foi “completamente distribuída”.

O ajuste do Ministério da Educação indica que não haverá férias de Carnaval (que estavam previstas de 15 a 17 de fevereiro) e as da Páscoa serão encurtadas para apenas três dias, (entre 29 de março e 1 de abril), quando o período que estava previsto ia de 25 de março a 5 de abril.

Para os 9.º, 11.º e 12.º anos, o ano escolar vai acabar a 18 de junho (em vez de 9); para os 7.º, 8.º e 10.º anos, passa de 15 de junho para 23; e para a pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos do ensino básico passa de 30 de junho para 8 de julho.

Alunos podem chumbar por faltas às aulas online

Apesar de ser à distância, o ensino continua a ser obrigatório e os alunos vão continuar a ser sujeitos ao regime de faltas, o que poderá implicar chumbar o ano, de acordo com o Jornal de Notícias.

O Ministério da Educação pediu às escolas para sinalizarem semanalmente os alunos com faltas injustificadas. Embora cada escola possa definir as suas próprias regras, os encarregados de educação deverão ser contactados para justificar a ausência dos alunos nas aulas à distância ou se não realizaram os trabalhos propostos pelos professores.

O JN exemplifica esta medida com o agrupamento de escolas de Carnaxide, que decidiu que os encarregados de educação devem ser contactados após dois dias de faltas. Outros agrupamentos preferem fazer um controlo semanal.

Maria Campos, ZAP //

4 Comments

  1. No calendário escolar, foi aumentado 1 dia de aulas: retirados 11 dias no 2.º período (pausa letiva), mas acrescentados 3 dias (Carnaval), 2 dias (final do 2.º período), 1 dia (início do 3.º período – 2ª feira de Páscoa!) e 6 dias (final do 3.º período). Qual a explicação para isso?

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