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Ex-executivo da Google acusado de assédio sexual sai da empresa com 40 milhões

(cv)

Um ex-executivo da Google que rescindiu o seu contrato com a empresa depois de ter sido acusado de assediar sexualmente uma funcionária irá receber até 45 milhões de dólares (40 milhões de euros) da Alphabet, proprietária da Google.

A empresa optou por pagar a Amit Singhal em vez de o despedir por justa causa, segundo o jornal norte-americano The New York Times.

No processo, divulgado esta segunda-feira, consta que o vice-presidente das operações de pesquisa da Google desde fevereiro de 2016 vai receber 30 milhões de dólares nos próximos dois anos e em 2021 um quantia entre 5 milhões e 15 milhões.

O valor pode chegar a perfazer os 45 milhões de dólares, com uma condição: o empresário não pode arranjar um emprego na concorrência. Atualmente, Amit Singhai trabalha para a Uber.

Nos últimos dois anos, a Google despediu cerca de 48 funcionários acusados de assédio sexual, 13 dos quais eram gestores seniores e superiores. Segundo o jornal norte-americano, a empresa optou por pagar grandes quantias a altos quadros em vez de os despedir por justa causa.

Andy Rubin, responsável pelo sistema Android, deixou a empresa com 90 milhões de dólares no bolso, em 2014, também na condição de não se mudar para a concorrência, depois de ter alegadamente forçado uma funcionária a fazer sexo oral.

A atitude da gigante da Internet levou 20 mil funcionários, no ano passado, a fazerem greve nos escritórios da empresa um pouco por todo o mundo para exigirem um tratamento mais respeitoso perante denuncias de assédio sexual.

Esta segunda-feira, o porta-voz da empresa declarou que “há consequências sérias para quem tem comportamentos inadequados na Google”. “Nos últimos anos, fizemos muitas mudanças no nosso local de trabalho e adotámos uma conduta cada vez mais rígida face a comportamentos inadequados de pessoas com cargos de autoridade”.

ZAP //

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