Rodri estava em posição irregular quando o seu companheiro de equipa colocou a bola na frente. Mas como houve interferência de um defesa na jogada… A explicação e o “recado” de Robbie Savage.
O Manchester City levou a melhor sobre o Aston Villa por 2-0, nesta quarta-feira, num jogo em atraso da Premier League (ainda da primeira jornada). O trio português do City foi titular – João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva – e foi Bernardo quem marcou o primeiro golo, aos 78 minutos.
E, numa bela partida que teve momentos “de loucos” mas durante a qual a bola não queria entrar nas balizas, quando o primeiro golo surgiu, houve polémica.
A jogada do 1-0 originou muitos protestos do lado de Birmingham, que culminaram com a expulsão do treinador Dean Smith. O banco do Villa reclamou (muito) porque alegava que Rodri, que fez a assistência para o golo, estava em fora-de-jogo.
A sequência foi esta:
Uma bola pelo ar chegou aos pés de Tyrone Mings. O defesa-central do Villa ficou rapidamente sem o esférico porque Rodri apareceu por trás, ficou com a bola e assistiu Bernardo Silva. A questão é que, no momento em que o jogador do City colocou a bola na frente, Rodri estava claramente em posição irregular. Mas, segundo as leis do futebol, como um jogador adversário dominou a bola entretanto, esse fora-de-jogo é irrelevante.
Essa lei “não faz sentido” mas está em vigor há quatro épocas, escreve Robbie Savage, no jornal Daily Mirror. O comentador apoia os adeptos e os profissionais do Villa, compreende os protestos dos visitantes, mas “é preciso fazer o trabalho de casa e conhecer as leis da profissão”.
Todos os clubes da Premier League – tal como acontece noutros campeonatos – têm reuniões com os árbitros ainda antes do início de cada campeonato, para se atualizarem em relação às regras da modalidade.
Uma das leis de 2017 indica que um jogador, mesmo que esteja em fora-de-jogo, se receber a bola de um adversário que tocou deliberadamente no esférico, não é considerado que o futebolista tenha tirado vantagem da sua posição irregular no momento em que o colega de equipa lançou a bola.
“Sim, concordo com os adeptos do Villa que pensam que esta regra é ridícula. Acho também que algumas regras sobre a mão na bola também não fazem sentido. E nem vou começar a falar sobre o vídeo-árbitro”, acrescentou o ex-futebolista, que no entanto avisou: “Mas se os jogadores e os treinadores não conhecem as leis, lamento: a culpa é vossa”.
O antigo internacional pelo País de Gales admitiu ainda que poucos futebolistas estão atentos durante as tais reuniões com os árbitros, durante a pré-temporada. “Mas quando há regras novas, é suposto que os jogadores absorvam essas regras novas”, reforça.
A regra do futebol sobre a bola na mão ou mão na bola estende-se, também , aos braços do futebolista. Tudo depende da interpretação da regra pelo árbitro. Foi ou não com a intenção de interferir no lance ? Foi com boa ou má intenção? O árbitro, muitas vezes, apela para a expressão ” o inferno está cheio de boas intenções” , logo o campo de futebol, também, está cheio de boas e más intenções, da parte dos jogadores e da parte do árbitro. Como o juiz é quem decide, então, seja feita a sua vontade, assim na terra como no Céu. Amem. É o que pensa [email protected]