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Gil Vicente 1-2 Sporting | Coates acende estrelinha do leão

O Sporting sofreu, esteve a perder até perto do fim (tal como no primeiro duelo com os minhotos), mas lutou muito, nunca deixou de acreditar, com a mentalidade certa, e acabou por dar a volta ao Gil Vicente por 2-1, em Barcelos, no jogo que fechou a 18ª jornada da Liga NOS.

O japonês Kanya Fujimoto fez o primeiro golo do jogo, na primeira parte, mas no segundo tempo os minhotos encolheram-se, o Sporting empurrou o seu adversário e marcou duas vezes pelo mesmo interveniente, Sebastián Coates. Com este resultado, o “leão” aumentou para oito os pontos de vantagem sobre o segundo classificado FC Porto.

O jogo explicado em números

  • O regresso de Luís Neto ao “onze” leonino, em detrimento de Gonçalo Inácio, foi a principal novidade nas opções de Rúben Amorim, em relação à vitória sobre o Marítimo. Os gilistas, por seu turno, promoveram diversas alterações, inclusive no esquema táctico, apostando numa linha de cinco defesas.
  • Logo aos dois minutos, na sequência de um lance confuso na área do Gil Vicente, Sebastián Coates atirou ao lado, numa grande ocasião. E aos três, Lucas Mineiro viu amarelo por entrada dura sobre Paulinho. O jogo começou “aceso” e de muita luta, e com domínio do Sporting, como se esperava, atingindo 66% de posse de bola ao quarto-de-hora e os únicos três remates, um enquadrado, uma boa defesa de Denis a remate de Matheus Nunes.
  • A grande ocasião seguinte do jogo aconteceu aos 26 minutos, uma perdida incrível de Yves Baraye. Kanya Fujimoto arrancou um pontapé forte em zona frontal, fora da área, Antonio Adán realizou uma grande defesa, mas a bola sobrou para o senegalês que, com tudo para marcar, atirou ao lado. Respondeu o Sporting, com um livre da direita de Antunes que ninguém aproveitou, a bola desviou em Henrique Gomes e, não fossem os reflexos de Denis, e o marcador ganharia cor.
  • A meia-hora chegou com mais Sporting (65% de posse), a registar cinco remates, dois enquadrados, contra três dos “galos”, um com boa direcção. Acções com bola nas áreas eram sete para os visitantes, quatro para os anfitriões, e os Expected Goals (xG) mostravam um “leão” mais perto do golo (0,8) do que os minhotos.
  • Sem grandes prestações individuais nesta fase, Matheus Nunes, com um rating de 5.6, era o melhor em campo, com seis passes, todos certos, e dois dribles completos em duas tentativas. Perto, com 5.5, aparecia Denis, o guardião da casa, com três defesas e bem nos passes longos, com quatro certos em cinco, a iniciar rapidamente contra-ataques.
  • Até que, aos 36 minutos, o marcador funcionou mesmo. Claude Gonçalves fez o cruzamento da esquerda, Fujimoto fugiu ao fora-de-jogo e, perante Adán, atirou de primeira para o fundo das redes. Um tento ao quinto remate dos barcelenses, segundo enquadrado, que surgiu um pouco contra a corrente de jogo.
  • Surpresa ao intervalo em Barcelos. O líder Sporting, ainda sem derrotas no campeonato, chegava ao descanso a perder por 1-0, golo de Fujimoto, isto apesar de ter dominado os acontecimentos em termos de posse de bola.
  • Ofensivamente, porém, os minhotos conseguiram atacar e criar perigo, equilibrando as operações, e conseguiram marcar.
  • O melhor em campo na etapa inicial, porém, foi o guarda-redes do Gil Vicente, Denis, com um GoalPoint Rating de 6.2, fruto de três defesas, duas a remates na sua área, e qualidade no passe, com cinco longos eficazes em sete.
  • Rúben Amorim procedeu a várias alterações logo no arranque do segundo tempo, primeiro Neto e Antunes a saírem, para as entradas de Tiago Tomás e Gonçalo Inácio, e depois com a saída de Matheus Nunes para dar lugar a Gonçalo Bragança. Quando Matheus saiu, aos 54 minutos, liderava os ratings, com 6.3 e seis dribles completos em seis tentativas.
  • Cedo o “leão” mostrou que iria cair em cima do Gil e, no primeiro quarto-de-hora da etapa complementar, desperdiçou bons lances, por Tiago Tomás e Paulinho. O Sporting chegou mesmo aos 70% de posse de bola nesta fase e aos cinco remates, os únicos deste o intervalo, mas nenhum com a melhor direcção.
  • O Gil Vicente como que desapareceu do jogo em termos ofensivos, chegando aos 70 minutos sem qualquer ataque digno desse nome, nem qualquer remate, e apenas 29% de posse. Adivinhava-se o golo do empate do “leão” que, ainda assim, chegava aos oito remates, sem conseguir enquadrar nenhum.
  • Até que acabou por imperar a lógica. A pressão leonina era muito intensa e, aos 83 minutos, numa sobra em zona frontal, à entrada da área, Coates rematou de primeira, colocado, sem defesa para Denis. Um tento que o Sporting já justificava, ao 20º remate na partida, quarto enquadrado – 13º disparo no segundo tempo.
  • E o golo da vitória leonina chegou já no primeiro minuto dos descontos. Livre da esquerda, uma espécie de canto curto, e Coates, mais uma vez, agora nas alturas, a cabecear com qualidade para o 2-1, colocando justiça no resultado. O Sporting colhia os frutos da grande pressão e de nunca ter desistido, o Gil pagava o preço de ter abdicado de atacar.

O melhor em campo GoalPoint

Que grande jogo de Sebastian Coates, a defender, a atacar, com sacrifício, ambição e qualidade no ataque. O uruguaio foi o MPV da partida, com um GoalPoint Rating de 8.0, fruto dos dois golos que marcou, naturalmente.

Mas também porque foi o mais rematador da partida, com cinco disparos, três enquadrados (também máximo), somou 74 passes certos (valor mais alto do jogo), foi o mais interventivo na partida, com 108 acções com bola, recuperou oito vezes a posse, ganhou dois de três duelos aéreos ofensivos e cinco de sete defensivos.

Não fosse uma ocasião flagrante desperdiçada e a sua nota teria disparado.

Jogadores em foco

  • Pedro Porro 7.2 – O serviço do costume. O espanhol voltou a estar impecável, tendo sido dele a assistência para o golo da vitória de Coates. Além disso registou quatro passes para finalização, teve dois dribles completos em três tentativas e ainda fez quatro acções defensivas no meio-campo contrário.
  • Gonçalo Inácio 6.4 – O jovem central começou no banco, entrou no segundo tempo e esteve a um nível alto. Destaque para as três variações de flanco, os dois duelos aéreos defensivos e as três intercepções.
  • Matheus Nunes 6.3 – O médio saiu no início da segunda parte quando liderava os ratings. Matheus tentou seis vezes o drible e teve sucesso em todos, somando ainda cinco recuperações de posse e dois desarmes.
  • Gonçalo Bragança 6.2 – Outro dos jogadores que entraram no segundo tempo, e com sucesso, ajudando o “leão” a empurrar o Gil para o seu terço defensivo. O jovem médio fez um passe para finalização e completou as três tentativas de drible, todas no terço ofensivo leonino.

Resumo

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