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Gestor alemão apontado como futuro CEO da TAP. É especialista em “turnarounds” de empresas

O gestor alemão Christoph Mueller está a ser apontado para novo presidente executivo da TAP. O nome terá sido sugerido pela consultora Korn Ferry, contratada em outubro pelo Governo para selecionar o novo CEO da transportadora aérea.

De acordo com o Jornal de Negócios, a consultora Korn Ferry está a apontar para o gestor alemão Christoph Mueller para novo presidente executivo da TAP.

O jornal refere que o alemão tem um vasto currículo do setor da aviação, tendo sido responsável pela recuperação financeira da companhia irlandesa Aer Lingus onde esteve até 2015. Além disso, Mueller Mueller foi CEO da Malaysia Airlines.

De 2016 a fevereiro de 2019, o gestor ocupou o cargo de administrador responsável pelas áreas do digital e inovação da Emirates Airlines.

Mueller teve uma passagem pela Lufthansa entre 1994 e 1999, durante a qual exerceu funções de vice-presidente responsável pela área financeira, e foi fundador da Brussels Airlines em 2001.

Este dado, segundo o Negócios, é relevante, tendo em conta o desejo do Governo português de ter a Lufthansa como parceira da TAP.

Mueller é mesmo considerado um especialista em “turnarounds” de empresas – algo que pode ser importante na concretização do plano de reestruturação da TAP.

Acidentes em 2019 chegavam para salvar TAP

A TAP está a ser fortemente afetada pela pandemia. O ECO relata mesmo que para o Natal e fim de ano caíram 70%.

Em novembro, a TAP transportou 247.896 passageiros de e para aeroportos nacionais. O número representa uma quebra de 29% face ao mês anterior, mas de 83,2% em relação a novembro de 2019, de acordo com dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

A aviação foi um dos setores mais afetados pela pandemia que levou às restrições nas viagens. Desde o início do ano, a TAP transportou menos de 5,2 milhões de pessoas, sendo que mais de metade da atividade diz respeito a janeiro e fevereiro.

O pior mês foi abril, em que o número de passageiros não chegou sequer aos cinco mil.

Segundo o plano de reestruturação da empresa enviado a Bruxelas, o Governo espera que a atividade da TAP só se aproxime dos níveis pré-pandemia em 2025, no mesmo ano em que antecipa os primeiros lucros.  Até lá, a TAP deverá ter perdas acumuladas de receitas no montante de 6,7 mil milhões de euros.

Estas perspetivas para os próximos anos essas perdas que levam a que a companhia aérea vá precisar de um total entre 3.414 milhões e 3.725 milhões de ajuda pública.

De acordo com o relatório da sinistralidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), divulgado pelo Jornal de Notícias, os acidentes de viação nas estradas em Portugal custaram um total de 3.713 milhões de euros em 2019.

O JN lembra que o montante seria suficiente para cobrir todo o dinheiro que o Governo tenciona injetar na TAP até 2024 para salvar a companhia aérea.

Maria Campos, ZAP //

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