Já não há dúvidas: Kim Yong-chol aterrou em Nova Iorque para dar início a uma rara visita diplomática. Esta é a primeira vez em 18 anos que uma alta patente do regime norte-coreano se desloca aos Estados Unidos da América.
Donald Trump confirmou através do Twitter que o general Kim Yong-chol, antigo espião e braço direito do líder da Coreia do Norte, está em solo norte-americano para negociar uma cimeira histórica entre os dois países.
Yong-chol reuniu-se esta quarta-feira com o secretário de Estado Mike Pompeo que, desde cedo transmitiu as exigências de Washington para o reatamento das relações diplomáticas: a Coreia do Norte terá de dar início ao desarmamento nuclear – um esforço que os norte-coreanos mostraram publicamente estar dispostos a fazer.
Kim Young Chol é um dos nomes mais próximos do poder em Pyongyang e um dos mais influentes na esfera militar. Chol é o equivalente ao secretário de Estado norte-americano. “É o alter ego de Mike Pompeo”, diz o jornalista e escritor Dorian Malovic, autor do livro “Le Monde selon Kim Jong-Un”, em entrevista à RFI.
De acordo com o especialista, a visita de Kim Yong-chol aos Estados Unidos é muito simbólica, principalmente neste momento da relação entre os dois países. Pompeo visitou recentemente Pyongyang, onde se reuniu com Kim Yong-chol e também com o líder norte-coreano.
Entretanto, numa altura em que tudo parece encaminhado para haver uma cimeira entre os dois países já em junho, também a Rússia parece querer reaproximar-se do regime de Pyongyang. O ministro dos negócios estrangeiros, Sergey Lavrov, já aterrou na Coreia do Norte para uma visita diplomática.