“Massacre em Gaza”. Israel bombardeou ambulâncias e escola da ONU

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Mohammed Saber / EPA

Um idoso palestiniano reage à área destruída após ataques aéreos israelitas em Gaza

As Forças Aéreas de Israel bombardearam um comboio de cinco ambulâncias junto ao maior hospital da Faixa de Gaza. O exército israelita assumiu o ataque, mas alega que transportavam combatentes do Hamas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o ataque envolveu “um grupo de cinco ambulâncias” que estavam a cerca de dois metros do Hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza.

Outra ambulância foi atingida “a cerca de um quilómetro do hospital”, adianta ainda a ONU em comunicado.

Os bombardeamentos israelitas terão causado 15 mortos e dezenas de feridos, entre os quais crianças, de acordo com as autoridades palestinianas.

O exército de Israel admitiu que atingiu “uma ambulância que foi identificada pelas forças como sendo utilizada por uma célula terrorista do Hamas perto da sua posição na zona de combate”.

Já o Hamas, o grupo islâmico que controla Gaza, assegura que a ambulância transportava apenas feridos e doentes. E o Ministério da Saúde de Gaza acusa Israel de ter cometido “um massacre”.

Mas Israel acrescenta que está em causa “uma zona de batalha” e nota que apelou “repetidamente aos civis nesta área para a evacuarem e se dirigirem para sul para sua própria segurança”.

Guterres “horrorizado” com ataque israelita

A ONU já condenou o bombardeamento israelita de ambulâncias em Gaza. “Estou horrorizado com o ataque“, salientou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

“As imagens dos corpos espalhados pela rua em frente ao hospital são devastadoras”, apontou ainda.

O director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, também se mostrou “profundamente chocado”, apelando a um cessar-fogo imediato.

Adhanom também reforça que “pacientes, profissionais de saúde, serviços de saúde e ambulâncias devem ser protegidos sempre”.

Escola e hospital pediátrico também foram bombardeados

Os bombardeamentos israelitas também visaram uma escola da ONU, no norte da Faixa de Gaza, onde estavam refugiados milhares de civis.

Neste ataque, morreram 12 pessoas e mais de 54 ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O hospital pediátrico Al Nasar também foi atacado, com a morte de duas pessoas e muitos feridos.

Já morreram quase 10 mil palestinianos

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza anunciou que, pelo menos, 9.488 pessoas já morreram no território palestiniano desde o início da guerra com Israel há cerca de um mês.

Entre os mortos estão, pelo menos, 3.900 crianças. De resto, as crianças têm sido vítimas trágicas nesta guerra, batendo um recorde “horrível” em termos de mortes de menores em conflitos por todo o mundo.

O exército israelita informou, entretanto, que entrou no sul da Faixa de Gaza, onde estão cerca de 1,5 milhões de civis deslocados, mantendo a ofensiva na região contra o Hamas apesar dos apelos para um cessar-fogo humanitário.

Corpos blindados e de engenharia das Forças de Defesa de Israel operaram para “mapear edifícios e neutralizar dispositivos explosivos“, disse um porta-voz do exército.

Nesta operação, os soldados “encontraram uma célula terrorista a sair de um túnel e, em resposta, as tropas dispararam contra os terroristas matando-os”, acrescentou, citado pela EFE.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Depois de ver vários videos com “cadáveres” palestianos a abrir os olhos a mexerem-se, já não dá para acreditar em nada do que dizem. São uns propagandistas mentirosos.

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