Uma britânica enfrentou consequências imprevistas depois de ter ganhado quase 180 milhões de euros no Euromilhões.
Em 2012, Gillian Bayford e o seu então marido ganharam 148 milhões de libras, cerca de 176 milhões de euros, no Euromilhões.
O impressionante prémio, inicialmente visto como uma bênção, rapidamente complicou as relações familiares da britânica — até chegar ao ponto de rutura.
Numa entrevista ao The Sun, Bayford conta que distribuiu generosamente cerca de 24 milhões de euros pela família. Contudo, este ato de bondade não impediu o posterior distanciamento que viria a acontecer.
Apesar de todo o apoio financeiro que deu à família, de quem pagou todas as dívidas acumuladas, as relações com os seus familiares mais próximos deterioraram-se, conta Gillian – incluindo cerca de 840 mil euros dos negócios mal sucedidos do pai e irmão.
Além disso, comprou um apartamento para os pais, que viviam numa caravana, e distribuiu pela família cerca de 20 milhões de euros.
Apesar destes esforços, as suas relações familiares deterioraram-se acentuadamente.
Alguns meses depois de receber o prémio, os pais de Gillian começaram a pressioná-la para dar dinheiro ao irmão para começar um negócio. A britânica acedeu, mas depois de ter recebido cerca de 950 mil euros, o irmão cortou todos os contactos e não a convidou para o seu casamento.
Posteriormente, desentendeu-se com a mãe. “Os meus pais tinham vergonha de mim”, contou Gillian ao The Times de Londres em 2016. A mãe, Brenda McCulloch, expressou na altura tristeza pelo contacto perdido com a sua filha e netos.
Apesar de reconhecer a generosidade da filha, Brenda McCulloch contesta o montante de 20 milhões que Gillian terá alegadamente distribuído pelos familiares. “Foi bastante inferior“, diz.
A vitória na lotaria afetou não só os laços familiares de Bayford, mas também o seu casamento. Quinze meses após ganhar o prémio, separou-se do marido, Adrian Bayford, que descreveu a gestão da fortuna como “stressante” e uma razão para passarem menos tempo juntos.
O caso de Gillian Bayford não é único. Em 2013, Jane Park ficou famosa ao vencer o Euromilhões com apenas 17 anos, mas nem tudo foi um mar de rosas: a jovem operadora de call center foi perseguida, recebeu ameaças de morte, começou a gastar tudo, sem ter noção de limites.
“Houve invasão de privacidade, as pessoas sentem que têm o direito de opinar sobre mim. Tive um perseguidor, havia gente escondida nos arbustos em frente a minha casa, ameaçaram atirar ácido à minha cara”.
“Quem me dera nunca ter ganhado o prémio. Não o desejo a ninguém”, confessou a jovem em janeiro no Dr. Phil.
Emily Irwin, assessora da Wells Fargo para vencedores de lotaria ouvida pelo Business Insider, realça a complexidade dos problemas que ganhar grandes somas de dinheiro pode trazer para a dinâmica familiar, e aconselha os vencedores a procurar um especialista em dinâmica familiar que possa ajudar a gerir os desafios.
Em resumo, o dinheiro não compra felicidade. Há no entanto quem garanta que, bem gerido, ajuda muito a tirar arrelias.
“Ganhado!!!…???, corigir se faz favor para ganho
Caro leitor,
Em português correto, usa-se “ganhado” com o verbo ter, e “ganho” com o verbo ser.
Assim, “ter ganhado” está correto.
Ganhar e ficar em silêncio aí está a sabedoria da felicidade
Muito bem escrito (ironia)! “corigir”, pontuação inexistente ou mal utilizada… Mas gosta de corrigir o que, afinal, está correto! Mesmo não se sabendo escrever, não custa verificar previamente se estamos certos.