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Todas as galáxias rodam a cada mil milhões de anos

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Astrónomos australianos descobriram que todas as galáxias giram uma vez a cada mil milhões de anos, independentemente de serem grandes ou pequenas, como mecanismos de relojoaria cósmica.

“Não é com a precisão de um relógio suíço”, disse em comunicado o professor Gerhardt Meurer, do Centro Internacional de Investigação de Radioastronomia (ICRAR), da Univerisdade de Western Australia (UWA).

“Mas, independentemente de a galáxia ser grande ou pequena, se te pudesses sentar na ponta extrema do seu disco enquanto gira, a galáxia levar-te-ia cerca de mil milhões de anos para percorrer toda a rota”, explicou.

O professor Meurer disse que ao usar as matemáticas simples, pode mostrar que todas as galáxias do mesmo tamanho têm a mesma densidade interior média.

“Descobrir esta regularidade nas galáxias realmente ajuda-nos a compreender melhor as mecânicas que as fazem funcionar: não encontrarás uma galáxia densa a girar rapidamente, enquanto outra com o mesmo tamanho, mas menos densa, roda mais lentamente”, disse o investigador.

O professor Meurer e a sua equipa também encontraram provas de estrelas mais velhas que se encontram nas extremidades das galáxias. “De acordo com os modelos existentes, esperávamos encontrar uma fina faixa de estrelas jovens na extremidade dos discos galácticos que estudamos”, explicou.

“Mas em vez de encontrar apenas gás e estrelas recém formadas nas extremidades dos discos, também encontramos uma população significativa de estrelas mais antigas juntamente com a fina camada de estrelas jovens e gás interestelar”.

“Este é um resultado importante porque saber onde termina uma galáxia significa que os astrónomos podem limitar as observações e não perder o tempo, o esforço e o poder de processamento do computador ao estudar dados que estão para lá do ponto de término da galáxia”.

“Assim, devido a este trabalho, agora sabemos que as galáxias giram uma vez a cada mil milhões de anos, com uma ponta afiada que se enche com uma mistura de gás interestelar, com estrelas velhas e jovens”.

O professor Meurer disse que a próxima geração de radiotelescópios, como o Square Kilometer Array (SKA), que está prestes a ser construída, vai gerar enormes quantidades de dados. Além disso, saber onde se encontra a extremidade de uma galáxia vai reduzir a potência de processamento necessária para procurar os dados.

“Quando o SKA se ligar na próxima década, vamos precisar de muita ajuda para caracterizar os milhares de milhões de galáxias que estes telescópios porão à nossa disposição”.

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2 Comments

  1. Uma galáxia é um conjunto de muitos milhões de estrelas executando um movimento de translação em torno de um buraco negro central. Funciona da mesma maneira que os planetas à volta dum corpo central que é o nosso Sol. Direi mesmo que existirão mega super aglomerados de galáxias a orbitar o buraco negro mãe. Descodificando: todas as galáxias do universo giram em torno de um buraco negro que é só o maior buraco negro do universo.

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