De acordo com uma nova análise da Greenpeace, animais de criação como vacas, porcos e outros, estão a emitir mais gases com efeito de estufa na Europa do que todos os transportes juntos.
Na última década, o aumento da produção de carne e de laticínios na Europa fez com que a agricultura se tornasse numa fonte muito maior de emissões. Embora alguns países tenham priorizado a energia renovável e o transporte nas suas políticas climáticas, as iniciativas para reduzir o impacto da alimentação e da agricultura no clima ficaram descuradas.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, em 2018, o gado da União Europeia foi responsável pelo equivalente a cerca de 502 milhões de toneladas de dióxido de carbono, sobretudo devido ao metano que libertam. Estes números são comparáveis com os 656 milhões de toneladas de dióxido de carbono libertados pelos transportes que circulam na Europa no mesmo ano.
De acordo com estes números, até parece que os transportes são mais poluidores, mas quando as emissões indiretas dos gases provenientes da pecuária são calculadas, os números totais aumentam e são equivalentes a 704 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Os cálculos são apresentados num novo relatório da Greenpeace intitulado Farming for Failure, publicado no dia 22 de setembro.
A produção de carne e laticínios na União Europeia aumentou 9,5% entre 2007 e 2018, o que de acordo com o Greenpeace se traduziu num aumento nas emissões anuais de 6%, ou seja, cerca de 39 milhões de toneladas – o que é equivalente a colocar 8,4 milhões de novos carros na estrada.
Se estes aumentos continuarem, a UE tem pouca probabilidade de cumprir as suas obrigações de reduzir os gases de efeito estufa, de acordo com o que está estipulado no acordo de Paris. Na semana passada, a UE reforçou as suas metas de redução de emissões, anunciando uma meta de cortes de 55% até 2030.
Marco Contiero, diretor de política agrícola da Greenpeace, disse que os países devem controlar as emissões da pecuária ou correm o risco de enfrentar uma grande falha nas metas de redução. “A ciência é clara, os números também. A única maneira de reduzir as emissões aos níveis necessários é diminuir o número de animais”.
Um corte de metade da pecuária intensiva iria reduzir cerca de 250 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano – revela o The Guardian.
A Greenpeace apela ao fim dos subsídios públicos para a criação de animais em grande escala, que são entregues aos produtores no âmbito da política agrícola comum da União Europeia – a organização defende que este seria um grande passo a dar neste problema.
Fim dos subsídios para criação de animais?? Pois deveriam era acabar com os animais para esses senhores da Grinprise passar a comer erva. Quero dizer *erd@!
É preciso as pessoas começarem a perceber que o corpo humano funciona melhor com dieta vegetariana (vejam o documentário Netflix “the game changer”). Para além disso, a redução do consumo de carne tem impactos favoráveis no meio ambiente e na descarbonizacão que o planeta precisa nesta fase. Não adianta andarmos armados em macacões a atacar quem tem juízo.
Cada um sabe de si e é livre de adoptar o que entende em termos dietéticos…….o Homem e (mulher), são por natureza omnívoros.