Tensão e “fúria” na Rússia: telemóveis ajudaram ucranianos, comandantes criticados

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Alkis Konstantinidis / Reuters

Um dos ataques mais fortes às forças russas fechou 2022 e iniciou protestos a quem terá ignorado os perigos no local. Telemóveis foram responsáveis.

O ano passado fechou com um dos ataques mais mortíferos aos militares russos, desde que a guerra na Ucrânia começou.

No sábado, 31 de Dezembro, houve um ataque ucraniano com seis mísseis num quartel em Makiivka (leste da Ucrânia) que matou, pelo menos, 89 soldados russos, diz o Kremlin.

Este número é o mais elevado de sempre no conflito, num só ataque – e é uma admissão rara da própria Rússia.

Do lado ucraniano defende-se que terão morrido 400 soldados russos, enquanto 300 ficaram feridos.

Os telemóveis terão estado na origem deste ataque: os militares russos estavam a utilizar telemóveis e, assim, os ucranianos conseguiram localizar os adversários.

O sistema de lançamento utilizado pelos ucranianos foi o Himars, que veio dos Estados Unidos da América.

Moscovo diz ainda que os seis mísseis responsáveis pela destruição em Makiivka usaram um sistema de lançamento Himars, equipamento cedido pelos norte-americanos a Kiev.

Há um ambiente de “fúria” entre altos responsáveis na Rússia por causa deste ataque, escreve a agência Reuters.

A tensão aumentou agora (as críticas não são novas) porque nacionalistas e legisladores acreditam que os comandantes responsáveis ignoraram os perigos no local e são responsáveis pela morte dos soldados.

De acordo com os próprios críticos russos, os soldados que morreram estavam a viver mesmo ao lado de um depósito de armas – que foi atingido por quatro dos mísseis.

E pede-se punição criminal a quem for responsável por este ataque: “Isto foi negligência criminosa. Se ninguém for castigado por isto, então a situação só vai piorar”, atirou Pavel Gubarev, antigo líder militar russo, na BBC.

ZAP //

1 Comment

  1. A Ucrânia, com novo equipamento militar de alta precisão que está quase a chegar, tem possibilidade de destroçar os mal preparados militares russos. Pressinto que a Ucrânia vai vencer a guerra, com naturalidade.

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