O grande número de pessoas que deixou Madrid e deslocou-se para outras partes de Espanha levou a que novos casos disparassem noutras zonas do território nacional, com maior incidência na região de Castilla-La Mancha.
Segundo noticiou o Observador, citando cálculos do Mundo, houve uma subida em flecha após o fecho das escolas (anunciado a 10 de março e executado no dia seguinte) e a declaração do estado de emergência em todo país no dia 15 de março, anunciada pelo Presidente de Governo, Pedro Sánchez.
Por essa altura, milhares de pessoas saíram de Madrid para as casas de segunda habitação em Castilla-La Mancha. Além de uma população mais envelhecida, a região tem maior dificuldade no acesso a cuidados de saúde.
Entre 17 e 20 de março, os contágios subiram 217% em todo o país e 184% em Castilla-La Mancha. Porém, no período entre 20 e 26 de março, a ordem de grandeza foi invertida: em toda a Espanha os casos subiram 281% e em Castilla-La Mancha subiram 324%.
Também em França registou-se houve uma saída massiva dos habitantes da região de Île-de-France. Os cálculos da operadora de telecomunicações Orange, citados pelo Monde, mostram que 17% dos habitantes de Paris e arredores saíram entre 13 e 20 março.
Os mesmos cálculos apontam para um aumento da carga populacional em 30% na Île de Ré (estância balnear no Oeste), ou de 10% nos departamentos de Orne (na Normandia) e de Yonne (na região de Bourgogne-Franche-Comté).