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Fraldas feitas de medusas? Cientistas dizem ser a melhor opção

Wikimedia

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À primeira vista, e devido ao seu aspecto gelatinoso, a imagem pode não ser a melhor, mas investigadores garantem que fraldas feitas a partir de medusas são a opção mais limpa, tanto para o bebé como para o ambiente, noticia a Discover.

Estas fraldas ecológicas estão a ser desenvolvidas pela start-up israelita de nanotecnologia Cine’al, inspirado numa pesquisa realizada na Universidade de Tel Aviv, que estudou a característica super absorvente da medusa. O resultado concluiu que fraldas feitas a partir de medusas são duas vezes mais absorventes que a maioria das fraldas actualmente no mercado. Para além disto, são biodegradáveis em menos de 30 dias, em comparação com as produzidas através de componentes sintéticos, que podem levar centenas de anos a se decompor.

Com esta tecnologia, a start-up israelita está também a planear produzir outro tipo de produtos, como esponjas hospitalares e papel higiénico. A produção implica, numa primeira fase, quebrar a carne viva das medusas e, de seguida, adicionar nanopartículas antibacterianas.

De salientar que, nos últimos anos, a população de medusas tem aumentado substancialmente, muito devido à diminuação da actividade piscatória e ao aquecimento global. Com a diminuição da pesca, as medusas encontram menos predadores e uma menor competição por recursos; a sua camada gelatinosa é bastante adaptável, fazendo com que resista ao aquecimento global. Aliás, se esta tendência se mantiver, cientistas avisam que, no futuro, os oceanos serão dominados, em particular, pelas medusas.

Até agora, porém, não tinha sido ainda encontrado um uso para estes seres gelatinosos. A Cine’al espera, com esta sua nova linha de produtos, resolver dois problemas ecológicos: a redução de resíduos nos aterros, e contrariar uma possível invasão de medusas.

CG, ZAP

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