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Fotógrafo vai ser julgado por ter um colete à prova de bala

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d.r. SCMP

O fotojornalista  Anthony Kwan

O fotojornalista Anthony Kwan

Um fotógrafo de Hong Kong foi detido na Tailândia por transportar um colete à prova de bala e um capacete e vai ser julgado, depois de hoje se ter declarado não culpado da acusação de posse de armas.

O caso tem desencadeado revolta por parte de grupos defensores da liberdade de imprensa que consideram que os jornalistas não devem ser punidos por transportar armaduras e equipamentos de proteção dentro e fora de zonas perigosas.

Anthony Kwan Hok-chun, que trabalha para o grupo de media Initium, com sede em Hong Kong, foi detido pela polícia a 23 de agosto, depois de tentar partir do aeroporto de Suvarnabhumi, com um colete balístico e um capacete na sua bagagem de mão.

Ambos os itens são classificados como armas ao abrigo da lei tailandesa, pelo que Kwan foi acusado de violar a Lei de Controlo de Armas do país, arriscando uma pena de até cinco anos de prisão.

Hoje, depois da audiência, no tribunal provincial de Samut Prakhan, perto de Banguecoque, Kwan disse aos jornalistas que foi indiciado.

“Não estou a confessar. Eu não acho que um colete à prova de bala seja uma arma e definitivamente não sabia que era ilegal aqui”, afirmou Kwan, que começará a ser julgado em novembro.

Ainda hoje o tribunal deve decidir se o fotógrafo pode deixar a Tailândia.

“Qualquer pessoa no meu lugar estaria um pouco preocupada. Estou a preparar-me para o pior, mas também a esperar o melhor”, disse.

A classificação, por parte das autoridades tailandesas, de equipamento de proteção comum como armas que requerem licença tem sido criticada por grupos de meios de comunicação social, que dizem que esse tipo de precaução é vital num país onde a violência política está constantemente nas ruas.

/Lusa

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