Fornecedora da Autoeuropa encerra e deixa 475 trabalhadores no desemprego

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Vanpro

A Vanpro tinha como única cliente a Volkswagen, que escolhe agora novo fornecedor de assentos.

A Vanpro é uma “joint-venture” formada pela Adient e pela Faurecia com mais de 30 anos, ligada à Autoeuropa, sendo a sua fornecedora de assentos par aos veículos. A Volkswagen era a sua única cliente.

Agora, no entanto, a Vanpro não foi escolhida pela Autoeuropa para fornecer os assentos da nova versão híbrida do modelo T-Roc da Volkswagen.

Agora, a Comissão de Trabalhadores confirma ao Jornal de Negócios que a empresa vai fechar portas — 475 pessaos ficam sem emprego.

“A Vanpro cresceu lado a lado com a Autoeuropa e foi sempre um fornecedor de referência, focado no cliente e com boas condições e regalias para os trabalhadores, fruto de uma participação ativa entre os representantes dos trabalhadores e a direção da empresa, em que o diálogo e a paz social sempre foram uma prioridade, desde a sua fundação em 1994″.

Foi assim que conseguiram uma “compensação de 1,2 salários por cada ano de trabalho, numa altura em que a indemnização de lei seria na Vanpro entre 0,4 e 0,6 salários por ano, dependendo da antiguidade do trabalhador”. Ainda assim, “é uma pena que uma empresa tão boa tenha este fim”, desabafa Sónia Almeida, resposável da Comissão (CT).

A CT anuncia ainda que, com a Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial, a empresa obteve a disponibilização de 125 vagas para concurso na empresa que vai fornecer os assentos para o novo carro da VW.

“Estão a ser ativamente exploradas outras possibilidades de emprego, tanto dentro do Parque Industrial, como na própria Volkswagen Autoeuropa”, adianta a Comissão.

ZAP //

5 Comments

  1. Uma empresa com 30 anos que só tem um cliente é uma empresa mal gerida. Ser bom para os trabalhadores não é lutar por 1.2 salários por ano quando se é despedido, isso só serve os maus trabalhadores. Mais valia serem gestores competentes e terem diversificado a base de clientes. Claramente tornou-se uma empresa pouco competitiva no mercado.

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    • Comentar sem conhecer a realidade é errado. A empresa foi criada com o propósito de somente fornecer um tipo de produto. Há muitas assim na indústria automóvel por exigência do construtor, para poder gerir como entende. Dar negócio a uma nova empresa que não concorre em termo de igualdade é concorrência desleal, dumping financeiro e social. Coloque-se na situação destes trabalhadores. tiveram uma progressão salarial e melhoria de regalias sociais estes anos todos e aprece uma empresa que diz para ganhar o negócio está disposta a pagar o mínimo possível. Ou seja imagine que o “jorge” ganha 1500€ por mês e que o seu patrão lhe diz que vai contratar alguém para fazer o seu trabalho por 870€, acha justo?

      • Há inúmeras empresas que vendem um único produto. Não quer dizer que vendam a um único cliente. O que impedia esta empresa de diversificar e fabricar outros tipos de assentos para outros fabricantes?

        “Dar negócio a uma nova empresa que não concorre em termo de igualdade é concorrência desleal, dumping financeiro e social.”

        Quem é que diz que a nova empresa não concorre em termo de igualdade?

        “e aprece uma empresa que diz para ganhar o negócio está disposta a pagar o mínimo possível”

        Isto é literalmente como funciona o mercado empresarial. Novas empresas apercebem-se que podem fazer melhor e mais barato e roubam o negócio ao incumbente. Acontece todos os dias em todos os sectores. Como é que acha que a Nokia desapareceu, só para dar um exemplo. Quem não percebe isto não devia estar à frente de uma empresa.

  2. Agora os empregados despedidos, metem uma toalha na cabeça, que recebem logo subsídios para não fazerem mais nada na vida.

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